Polícia

PF cumpre 31 mandados em ação que investiga fundos de pensão

A operação investiga os crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e corrupção.

PF cumpre 31 mandados em ação que investiga fundos de pensão

A Polícia Federal cumpre 10 mandados de prisão preventiva e 21 de busca e apreensão no Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal na operação Rizoma, iniciada nesta quinta-feira (12).

A ação investiga valores de fundos de pensão Postalis, dos Correios, e Serpros, do Serpro, enviados para empresas no exterior gerenciadas por um operador financeiro brasileiro. Deflagrada pela PF, pelo MPF (Ministério Público Federal) e pela Receita Federal, a operação mobilizou 140 policiais federais.

A operação investiga os crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e corrupção. Segundo a PF, os valores dos fundos de pensão enviados para o exterior se referiam a operações comerciais e prestação de serviços inexistentes.

Os recursos eram distribuídos em contas de doleiros no exterior, que disponibilizavam os valores em espécie no Brasil para suposto pagamento de propina.

Alvos

Entre os alvos da operação está Arthur Pinheiro Machado, apontado como operador e criador da Nova Bolsa e preso em São Paulo, segundo a PF. Além dele, também são alvo o lobista Milton Lyra, citado em operações anteriores como operador de políticos, e Marcelo Sereno, ex-secretário nacional de comunicação do PT.

A ação, liderada pelo Ministério Público Federal (MPF), investiga suspeitos de participar de um esquema de lavagem de dinheiro e pagamento de propina para gestores dos fundos de pensão dos Correios (Postalis) e do Serpro, empresa pública de tecnologia da informação.

O MPF aponta que valores oriundos dos fundos de pensão eram enviados para empresas no exterior gerenciadas por um operador financeiro brasileiro. As remessas, apesar de aparentemente regulares, referiam-se a operações comerciais e de prestação de serviços inexistentes.

Em seguida, os recursos seriam pulverizados em contas de doleiros também no exterior, que disponibilizavam os valores em espécie no Brasil para suposto pagamento de propina.