Polícia

PF pede retirada de capixaba da lista de criminosos procurados pela Interpol

André Luiz de Menezes, de 49 anos, está na chamada difusão vermelha da organização, onde consta que ele é procurado por tráfico internacional de drogas

André Luiz é natural de Guarapari e atualmente mora em Rio Branco, no Acre Foto: Reprodução

A Polícia Federal solicitou a retirada do nome de um capixaba da lista de criminosos mais procurados pela Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol). André Luiz de Menezes, de 49 anos, está na chamada difusão vermelha da organização, onde consta que ele é procurado por tráfico internacional de drogas.

Os integrantes dessa lista são considerados foragidos da Justiça por haver contra eles mandado de prisão em aberto. No entanto, de acordo com a Polícia Federal, foi constatado que André Luiz se encontra em local certo e sabido, respondendo pelo crime em liberdade provisória.

A Polícia Federal explicou que, para ser feita a retirada do nome de André Luiz da difusão vermelha da Interpol, seria necessário que a Justiça determinasse sua exclusão, o que não teria sido feito. Por isso, um representante da Interpol no Brasil encaminhou um pedido ao juiz competente, solicitando a retirada do nome de André Luiz da lista.

Ainda segundo a PF, o equívoco deverá ser corrigido nos próximos dias. Até o fechamento da reportagem, o nome do capixaba ainda constava na lista de procurados pela Interpol.

No site da Interpol consta que André Luiz é procurado pela Justiça por tráfico internacional de drogas Foto: Reprodução

Condenação

André Luiz é natural de Guarapari, mas mora em Rio Branco, no Acre, há quase 20 anos. Procurado pela reportagem do Jornal Online Folha Vitória, ele conta que foi julgado e condenado por tráfico internacional de drogas, cumpriu parte da pena em regime fechado e agora está no semiaberto. 

André conta que foi preso pela primeira vez em 2003, ao desembarcar no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro. Ele havia sido condenado a 12 anos de reclusão e ficou preso por cerca de um ano, até que a Justiça determinou que ele fosse solto, após o advogado dele, na época, entrar com um pedido de Habeas Corpus.

“Durante anos fiquei acompanhando o processo, até que um dia constou que o processo havia sido arquivado definitivamente. Achei que não seria mais preso e passei a tocar minha vida normalmente”, contou.

No entanto, em 2010, policiais federais estiveram na casa da família dele, em Guarapari, para cumprir um mandado de prisão, mas ele já estava no Acre. “Minha mãe me ligou e disse que a polícia estava me procurando. Fiquei sabendo que havia sido julgado novamente e que a Justiça manteve minha condenação, mas diminuiu minha pena para dez anos. Mas expediram um novo mandado de prisão contra mim”, disse.

Segundo André, a partir daí ele passou cerca de quatro anos como foragido. Ele conta que só foi preso no final de 2014 e passou pouco menos de um ano na prisão, até ter a progressão de pena concedida pela Justiça. Atualmente, o capixaba trabalha vendendo pão de queijo na capital do Acre.

“Saí da cadeia em dezembro de 2015, mas passei a ser monitorado por tornozeleira eletrônica. Hoje em dia mal posso sair de casa sem avisar à Justiça e tenho uma série de restrições. Mesmo estando na lista da Interpol, não estava preocupado em possivelmente ser preso, já que a Justiça rapidamente verificaria que eu já cumpro pena em regime semiaberto”, frisou.