Um homem de 33 anos é investigado por enviar um carro com armas para o Espírito Santo. Durante uma operação policial, foi cumprido um mandado de busca e apreensão e um de prisão preventiva no endereço do suspeito, no município de Mongaguá, em São Paulo.
A operação denominada “Cegonha Armada”, foi deflagrada pela Polícia Federal no Espírito Santo, com o objetivo de prender suspeitos de envolvimento em uma facção criminosa que atua dentro e fora de presídios nacionais. Segundo a Polícia Federal, durante a investigação, foi apurado que o suspeito já havia encaminhado, através da mesma transportadora, outros dois veículos clonados.
Também foi comprovado na apuração do caso, de acordo com a Polícia Federal, que o investigado utiliza contas bancárias de seus familiares para dissimular a origem ilícita dos valores recebidos e financia organização criminosa, fazendo pagamentos a presos e a familiares dos internos do sistema prisional de São Paulo e Minas Gerais.
O investigado também possuía mandado de prisão preventiva expedido pela 10ª Vara Criminal de Vitória, por envolvimento em crime de furto mediante arrombamento em um banco de Jardim da Penha, em Vitória. O crime ocorreu em 2017.
Entenda o caso
O veículo com as armas teria embarcado em um caminhão cegonha em São Bernardo do Campo, em São Paulo, e seria retirado na Serra, no Espírito Santo. No entanto, o caminhão foi abordado pela Polícia Rodoviária Federal em Viana, na manhã desta terça-feira (13), e foi verificado que o carro era clonado.
Em revista no interior do veículo, foram encontrados três volumes de bagagem onde se estavam dois fuzis calibre ponto 556, dois fuzis calibre ponto 762, todos de nacionalidade estrangeira. Além disso, também foram encontrados oito carregadores e diversas munições dos mesmos calibres, quatro coletes com oito placas balísticas, além de explosivos, espoletas e cordel detonante, usados comumente em explosões de agências bancárias e carros fortes.
A operação desta terça-feira (13) foi realizada com apoio da Delegacia de Polícia Federal de Santos e contou com a participação de oito agentes da Policia Federal. Além do mandado de prisão de suspeito, foram cumpridos um mandado de busca e apreensão na casa do suspeito.
Crimes investigados
De acordo com a Polícia Federal, o investigado responderá pelos crimes de posse e comércio ilegal de arma de fogo de calibre restrito, receptação e adulteração de sinal automotor, lavagem de dinheiro e por financiar organização criminosa. Somadas, as penas podem chegar a 46 anos de reclusão.