Polícia

PF solicita informações a Receita sobre a importação de materiais cirúrgicos para a GV

Além de traçar a rota que os produtos até o Estado, a polícia quer saber o caminho que o dinheiro brasileiro teve

PF solicita informações a Receita sobre a importação de materiais cirúrgicos para a GV

A Polícia Federal vai se reunir, na próxima quinta-feira (1º), com a Receita Federal para solicitar informações sobre a importação de materiais cirúrgicos feita por distribuidoras que estão sob investigação na Grande Vitória.

Quem importou? Como os produtos chegaram ao Brasil? Qual o caminho feito até o Espírito Santo? Esses são alguns questionamentos que a Polícia Federal deve esclarecer ao fim das investigações sobre a Operação Lama Cirúrgica, deflagrada pela polícia civil capixaba. Os policiais investigam a importação, reutilização e comercialização de produtos cirúrgicos no Estado.

“Existe indícios de crimes de contrabando, de lavagem de dinheiro, fora os crimes que o Nuroc já identificou e fez a sua parte”, informou o superintendente da Polícia Federal, Ildo Gasparetto.

As investigações da Polícia Civil indicaram que os produtos comercializados por distribuidoras do Estado foram importados dos Estados Unidos. O material teria sido utilizado em cirurgias feitas em várias cidades americanas. Agora, informações devem ser solicitadas a polícia americana.

>> Operação Lama Cirúrgica: produtos foram reutilizados mais de duas mil vezes

Além de traçar a rota que os produtos seguiram até o Estado, a polícia quer identificar o caminho que o dinheiro brasileiro teve, ao sair do Brasil. 

A operação teve início no dia 16 de janeiro com a prisão de dois empresários e um enfermeiro, responsáveis por uma distribuidora de material cirúrgico, em Laranjeiras, na Serra. No local os investigadores apreenderam instrumentos médicos que haviam sido reembalados e já estavam com etiquetas adulteradas.

A empresa já havia sido fechada em outubro do ano passado pela Vigilância Sanitária do município. Na época o órgão emitiu notificação, chegou a apreender materiais, mas o local foi reaberto. A distribuidora, segundo a polícia, fornecia materiais para 47 empresas.

Assista a reportagem na íntegra: