Polícia

Pintor é preso suspeito de estuprar menina de 11 anos trazida da Bahia para trabalhar como babá

Segundo a polícia, a criança foi abusada durante sete meses, no ano de 2016. Suspeito foi preso ao ir à delegacia registrar um BO sobre um celular roubado

Pintor é preso suspeito de estuprar menina de 11 anos trazida da Bahia para trabalhar como babá
Suspeito foi preso após ir a uma delegacia registrar um boletim de ocorrência

Um pintor industrial de 30 anos foi preso em Vitória, suspeito de ter abusado sexualmente de uma menina de 11, que havia sido trazida do interior da Bahia para trabalhar como babá do filho do acusado. Segundo a polícia, a criança foi abusada durante sete meses, no ano de 2016.

De acordo com o titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), delegado Lorenzo Pazolini, a menina morava na cidade de Caravelas, do sul da Bahia, e foi trazida para Vitória pela mulher do suspeito.

“A esposa do acusado conheceu a criança em uma feira. A partir daí então ela solicitou que a criança viesse para o Espírito Santo a pretexto de auxiliá-la na criação de um filho pequeno. E, por incrível que pareça, a mãe, lá no Estado da Bahia, autorizou a vinda da criança”, contou o delegado.

A polícia tomou conhecimento do caso depois que a criança procurou uma vizinha e relatou que sofria violência sexual e física. 

“O fato chegou ao conhecimento da polícia a partir do momento em que uma vizinha, moradora das redondezas do local, tomou conhecimento dos fatos e nos procurou, relatando toda essa série de violações. Essa vizinha foi ouvida formalmente, se identificou e disse que tinha certeza de que ali ocorriam abusos”, disse o delegado.

Em depoimento, a menina contou que sofria abusos sexuais quando estava sozinha com o acusado e nos momentos em que a mulher dele estava no trabalho. Ela foi submetida a exames, que apontaram indícios de violência sexual.

“Ela passou a viver nessa residência, onde ela não conhecia as pessoas que ali conviviam, e foram sete meses de abuso. Ela sofreu todo o tipo de abuso sexual no interior da própria residência em que ela estava localizada. Tal o grau de violência que, em uma das vezes, ela se recusou a manter relações sexuais com o acusado e ele então arremessou uma panela de pressão na cabeça dela, gerando até uma lesão”, frisou Lorenzo Pazolini.

Prisão

Logo após a denúncia, o pintor chegou a prestar depoimento, mas negou as acusações. No entanto, a Justiça decretou a prisão preventiva do suspeito e ele passou a ser considerado foragido da polícia em janeiro de 2017.

“Ele foi ouvido quando ainda estava em liberdade e com indiciamento. Ele resolveu então mudar de residência e tomou rumo ignorado, até o momento da prisão”, contou o delegado.

O pintor foi encontrado pela polícia ao se dirigir a uma delegacia para registrar um boletim de ocorrência, depois de ter um celular roubado.

“Ele foi registrar um boletim de ocorrência em uma unidade policial e, a partir daí, foi constatado pelo sistema interno da Polícia Civil que havia um mandado de prisão em desfavor do acusado, momento então em que ele foi recolhido”, disse Pazolini.

O suspeito foi encaminhado para o presídio, onde cumpre prisão preventiva. Já a menina será encaminhada para adoção.