Uma mulher, de 27 anos, acusa um policial militar de agressão. Ele seria lotado no 6º Batalhão, na Serra. O crime teria ocorrido no dia 25 de agosto desse ano, dentro da casa da vítima. Na ocasião, um vídeo mostrando a ação do acusado, junto com outro policial, chegou a ser gravado.
Nas imagens o militar aparece tentando imobilizar a mulher. Para contê-la, ele aplicou uma chave de pescoço. Os filhos da jovem assistiram toda a cena. Após isso, ela disse que foi levada até a viatura para ser conduzida à delegacia. Mas ainda de acordo com ela, a viatura não foi direto para a delegacia.
“Na hora de ir para a delegacia ele me levou para uma estrada de Jacaraípe, me jogou no banco de trás e jogou spray de pimenta. Também disseram que se eu falasse para o delegado iria acontecer coisa pior. Eles ficaram me ameaçando a todo o momento”, alega.
Segundo a vendedora, os policiais não tinham mandado de busca e apreensão e um deles teria ido até o local para atender um pedido de uma amiga, com quem a suposta vítima teria brigado.
“Eu faço curso de artes e levava muito os meus materiais para as aulas. Minha colega não levava nada. E nesse dia aconteceu essa confusão, pois nós estávamos na sala e ela queria usar os meus materiais, e eu falei que ela não ia usar. Nós discutimos e no dia 25 o policial chegou na minha casa, me chamando pelo nome. Eu atendi e falei que ia pegar a minha identidade, mas eu não a encontrava. Achei apenas a minha carteira de trabalho. Quando eu apresentei, eles disseram que não valia. Foi nesse momento que ele me pegou pelo pescoço e me ameaçou”, afirmou.
Se sentindo injustiçada, a mulher procurou a Corregedoria da Polícia Militar, mas o caso, segundo ela, não teve fim. Na manhã desta terça-feira (13) a vendedora voltou à delegacia para fazer outro boletim de ocorrência. Dessa vez foi por causa de uma ameaça. “Ele fica me seguindo na porta da escola, na porta da igreja, no local em que eu estiver. Ele também mandou recado de que onde eu estiver ele vai me matar. Meu medo é acontecer alguma coisa perto dos meus filhos”, destacou.
A Corregedoria da Polícia Militar disse que analisou as imagens e vai investigar os fatos.