A justiça mandou soltar os quatro policiais militares presos em flagrante, suspeitos de envolvimento na morte de Renan Xavier da Silva, de 24 anos. Ele foi assassinado com um tiro no peito, em Morro Novo, Cariacica. Os PMs foram soltos por volta de 20h no último domingo (1).
Ainda no domingo, por volta de 16h, a defesa dos militares entrou com pedido de habeaus corpus em plantão judiciário por meio do magistrado, o Drº Carlos Eduardo Ribeiro Lemos, que deu uma decisão favorável para que os militares foram soltos. De acordo com a decisão do juiz, não havia provas ara que eles continuassem detidos.
O coronel Martinelli, da Corregedoria da PM, explicou o motivo da prisão. Assista:
Participação
Os quatro soldados da Polícia Militar foram presos, na última quinta-feira (28), suspeitos de participar da morte de Renan, conhecido como “Zói”. O rapaz foi morto na quarta-feira (27), com um tiro no peito, próximo a um bar em Morro Novo.
Os quatro policiais, que não tiveram os nomes divulgados, são do 7º Batalhão da Polícia Militar, de Cariacica. Eles foram presos em flagrante por homicídio logo após prestarem depoimento na Corregedoria da PM.
Dos quatro policiais detidos, dois estavam de folga e dois em serviço. Os dois PMs em serviço faziam parte de uma equipe de três homens, que foi acionada por telefone. Segundo as investigações da Corregedoria da PM, um dos integrantes da equipe não participou da ação.
Flagrante
O auto de prisão em flagrante em desfavor dos quatro soldados foi encaminhado pela Corregedoria, na sexta-feira (29), para a Justiça Militar. A tendência, segundo o coronel Martinelli, é que seja aberto um Inquérito Policial Militar (IPM), cujo prazo para conclusão é de 20 dias.
“Eles estão recolhidos ao presídio do QCG (Quartel do Comando Geral) e o auto de prisão em flagrante foi encaminhado ao Judiciário, à Auditoria de Justiça Militar Estadual, que vai se posicionar com relação a esse procedimento. Provavelmente vai abrir vistas ao Ministério Público e, no decorrer do processo, naturalmente haverá a instauração de um Inquérito Policial Militar, que é uma ferramenta mais robusta, com um prazo um pouco mais elástico, e competente para solicitar e concluir através de provas técnicas periciais”, afirmou Martinelli.
De acordo com o corregedor da PM, ainda não é possível afirmar que os quatro policiais presos também foram os responsáveis pela morte do aposentado Nelson Antônio Ghisolfi, de 66 anos, atingido por uma bala perdida no momento em que participava de uma celebração religiosa dentro de sua própria casa.