Polícia

Polícia conclui inquérito do atropelamento de sambista da Rosas de Ouro

Reinaldo de Jesus da Silva, que atropelou e matou o sambista e intérprete da Escola de Samba Rosas de Ouro, Carlos Henrique Pimentel, o Pelé, responderá em liberdade

 

O sambista havia saído de um ensaio quando foi atropelado Foto: Folha Vitória

A delegacia de delitos de trânsito concluiu o inquérito do atropelamento e morte do sambista Carlos Henrique Pimentel, o Pelé, ocorrido em outubro do ano passado. O laudo foi divulgado nesta sexta-feira (03) e aponta colisões na parte da frente e traseira do veículo.

De acordo com as investigações, as marcas são resultado de atropelamento. Segundo o delegado Alberto Roque, da Delegacia de Delitos de Trânsito, depois do atropelamento, o veículo foi encontrado abandonado próximo ao local do crime, no bairro São Cristóvão , em Vitoria. O motorista Reinaldo de Jesus Silva, de 36 anos, não era habilitado.

“Desde os primeiros dias nós tínhamos a identificação do motorista que fugiu da responsabilidade. O laudo pericial constatou os danos no veículo e materiais biológicos da vítima. A prova técnica faz cair por terra a afirmação inicial do motorista de que não havia sido ele o responsável pela morte do sambista”.

Relembre

Carlos Henrique Pimentel morreu na madrugada do dia 3 de outubro do ano passado, após ser atropelado na avenida Marechal Campos, em Vitória. Pelé era intérprete oficial da Escola de Samba Rosas de Ouro e passou por diversas escolas de samba da Grande Vitória. 

Antes do atropelamento, Carlos Henrique estava em um ensaio como um dos cantores do carro de som da Escola Unidos de Jucutuquara. 

De acordo com a polícia, o motorista Reinaldo de Jesus Silva  fugiu do local do acidente sem prestar socorro à vítima. Após abandonar o carro, ele acionou o Ciodes e informou que, pouco antes do atropelamento, o carro que dirigia havia sido roubado. 

“Na verdade ele tentou fazer uma ultrapassagem em local indevido e com velocidade acima do permitido. Depois acionar o Ciodes afirmando ter sido roubado, nós encontramos o carro um dia após o atropelamento”.

Em depoimento, Reinaldo mudou a versão. De acordo com o delegado, o vigilante vai responder em liberdade pelo crime de homicídio culposo qualificado. O irmão dele, que é proprietário do veículo, também foi indiciado. “Ele confessou porque apresentamos todas as provas técnicas e não tinha mais como ele sustentar o depoimento anterior”, disse.