A Polícia Civil concluiu inquérito relacionado à morte da modelo e ciclista Luisa da Silva Lopes, de 24 anos, na noite de 15 de abril, feriado de Sexta-Feira da Paixão. A investigação, feita pela Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito (DDT), durou quase seis meses.
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Ela foi atingida por um carro de passeio na Avenida Dante Michelini, no bairro Jardim da Penha, em Vitória, e morreu na hora. Ela atravessava a pista com sua bicicleta em direção à praia, na altura do Clube dos Oficiais.
Luisa cursava o último período de oceanografia na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e estudava inglês. Iria fazer intercâmbio no Canadá.
Detalhes sobre a investigação, imagens e vídeos serão divulgados em entrevista coletiva, na manhã desta quinta-feira (06), na Chefatura de Polícia Civil, em Vitória.
Motorista não quis fazer teste do bafômetro
A corretora de imóveis Adriana Felisberto Pereira, de 33 anos, foi apontada como a motorista que atropelou Luísa. Na época, ela se recusou a fazer o teste do bafômetro, mas os policiais notaram que a mulher apresentava sinais de embriaguez.
Após depoimento na Delegacia Regional de Vitória, Adriana foi autuada pelo crime previsto no Artigo 306 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que diz respeito a conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência.
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Ela foi conduzida para o Presídio Feminino de Cariacica. Na audiência de custódia, pagou a fiança no valor de R$ 3 mil, arbitrada pelo juiz José Leão Ferreira Souto e foi liberada no dia seguinte à morte da modelo.
Revoltados com a decisão judicial, amigos e familiares da modelo promoveram uma manifestação no dia 19 de abril pedindo justiça pela morte da jovem. O ato aconteceu no mesmo local do acidente.
Na época, o advogado de defesa de Adriana, Jamilson Monteiro Santos, afirmou que, após sair da penitenciária, a corretora de imóveis se consultou com médicos psiquiatras. Ele também havia pedido três pedidos de perícia junto à Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito.
“Pedi uma perícia no local do acidente, perícia no veículo e também requisição de imagens de videomonitoramento para esclarecermos a dinâmica do fato”, detalhou. O advogado não quis comentar se a corretora de imóveis admitiu que havia ingerido bebida alcoólica antes do acidente.