Após a Polícia Civil instaurar um procedimento para saber o que de fato aconteceu com a modelo Katiuscia Mota, de 31 anos, na noite da última segunda-feira (10) em um condomínio do bairro São Diogo, na Serra, a delegada Raffaella Aguiar concluiu que não houve crime.
Segundo a responsável pela delegacia, as imagens das câmeras de segurança do prédio foram fundamentais para fechar o caso. “Ao analisar as imagens, fica bem claro que não tem a menor possibilidade da namorada ter incendiado a modelo, porque quando ela parece em chamas, a namorada estava do outro lado do vídeo”, afirmou.
Na quinta-feira (13), a namorada da modelo foi ouvida e contou para a delegada que o relacionamento com a modelo era conturbado. “Eu acho que ela não estava muito lúcida e acabou riscando uma, duas e na terceira vez acabou incendiando. Nisso, eu tentei apartar e acabou caindo álcool em mim, nela e no chão”, contou.
Além de ouvir a namorada de Katiuscia, a polícia conversou com a própria modelo, vizinhos e com a mãe da vítima. De acordo com a delegada, o procedimento para apurar o que aconteceu só foi instaurado após a mãe da vítima dizer que não acreditava que a filha teria colocado fogo no próprio corpo. “Deve ser muito difícil pra mãe acreditar que a filha colocou fogo no próprio corpo”, disse a delegada.
Imagens do circuito interno do condomínio registraram parte da briga. Katiuscia aparece no vídeo e aparenta estar nervosa. Em um certo momento, a modelo tenta puxar o braço da companheira, mas ela resiste. Em seguida, ela leva um golpe popularmente conhecido como “mata-leão”. No estacionamento do condomínio, Katiuscia parece querer falar algo em voz alta, mas a companheira a repreende com um puxão.
Em outras imagens, a companheira aparece saindo e fechando a porta do condomínio. Segundos depois, um clarão surge no corredor. A companheira da modelo, do lado de fora do prédio, fica desesperada. Ela percebe que a vítima está em chamas e tenta abrir a porta de vidro. Um homem consegue destravar a entrada e Katiuscia sai com o corpo incendiado. Ela se joga no chão e é ajudada por vários vizinhos.
Para a delegada, esse caso está encerrado. “A polícia vai sugerir para o Ministério Público que o caso seja arquivado. E provavelmente isso será encerrado por aqui”.
*Com informações do repórter da TV Vitória/Record TV, Vitor Moreno.