A polícia divulgou fotos de mais dois suspeitos de terem participado da morte do soldado Eduardo Júnior, da Polícia Militar, assassinado a tiros na semana passada em Marataízes, litoral sul do Estado. Eles foram identificados após oito dias de investigação do homicídio.
Segundo o delegado Edson Lopes, da delegacia do município, Maurício Fraga Fernandes e Vinícius da Silva Sartório teriam participado diretamente da execução do policial. Os dois tiveram suas prisões decretadas pela Justiça e são considerados foragidos.
Segundo a polícia, ambos têm várias passagens. Vinícius, quando ainda era menor, teria praticado alguns homicídios, inclusive contra uma menina. Além disso, ainda de acordo com a polícia, ele se vangloriava dentro do Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases) por ter envolvimento na morte de um outro policial, na Grande Vitória.
Continuam presos o taxista acusado de transportar os criminosos, Benjamin Martins Marcelino, Lucas Gomes, Bruno dos Santos Oliveira da Silva e Alan Victor Porto Paz. Na terça-feira, Alef de Oliveira, de 20 anos, foi preso acusado de integrar a quadrilha envolvida na morte do PM. Ele, no entanto, não tem envolvimento direto com o crime, segundo a Polícia Civil.
A principal linha de investigação da polícia é de latrocínio – roubo com morte. A arma do soldado foi encontrada pela polícia em Cachoeiro de Itapemirim. De acordo com o delegado Djalma Lemos, a arma foi deixada na porta do Ciodes.
O crime
Eduardo foi sequestrado na noite do último dia 10, quando estava dentro do carro – um Corolla prata – e foi abordado por quatro homens armados em Marataízes. Os bandidos estavam em um táxi, dirigido por Benjamin Martins.
O taxista disse que teria sido sequestrado e obrigado a levar os assaltantes até o carro onde estava o policial. Ele contou que foi liberado e teria acionado a polícia.
O carro em que Eduardo estava foi encontrado queimado em Vargem Alta. Já o corpo do soldado foi encontrado em um canavial na localidade de Brejo Grande do Sul, em Itapemirim.