A Polícia Civil e a Cesan descobriram uma fraude que durou cinco anos em uma transportadora localizada no bairro Alto Lage, em Cariacica.
Segundo a polícia e a concessionária, a empresa utilizava água tratada sem qualquer pagamento, deixando um prejuízo que ultrapassa R$ 185 mil.
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Transportadora: denúncia anônima apontou furto
Técnicos da Cesan chegaram ao local na última quinta-feira (6) após uma denúncia anônima e verificaram diferenças de pressão nos ramais de abastecimento da região. Isso indicava um possível vazamento ou furto de água.
“Verificando as denúncias que a gente recebeu, que havia na região furto, a gente verificou que havia diferenças de pressão entre um ramal e outro da Cesan, uma diferença abrupta, então ou era um vazamento, ou era um furto de água ocorrendo na região. Verificando os imóveis, vimos que era proveniente daquele imóvel um provável furto de água”, disse Rafael Grossi, diretor administrativo e comercial da Cesan.
No primeiro momento, um representante da empresa alegou que a água vinha de um poço artesiano. Contudo, após testes que identificaram a presença de cloro, a fraude foi confirmada.
Prejuízo de mais de 14 mil caixas d’água
A Cesan estimou que, durante os cinco anos, a transportadora consumiu o equivalente a mais de 14 mil caixas d’água cheias. Diante da irregularidade, os técnicos lacraram a ligação clandestina.
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Investigações e consequências
A Polícia Civil agora apura o caso e os responsáveis podem responder por furto. Segundo Rafael, o abastecimento da região era prejudicado pela prática ilegal, que causava interrupções no fornecimento.
Com essa ação, a gente melhora o abastecimento da região, porque ela era prejudicada por ações como essa, que causam uma intermitência, um desabastecimento, por causa do desvio daquela água, disse Rafael.
A Cesan reforçou o pedido para que a população denuncie irregularidades pelo telefone 115 ou pelo site oficial. Rafael destacou ainda que a fraude impacta diretamente a tarifa de água paga por todos os consumidores.
“Esse prejuízo que é causado não é só para a Cesan pelo custo dela, porque esse prejuízo acaba sendo compartilhado por meio da tarifa para todo mundo. Por isso que a gente pede que as pessoas, além de denunciar, se liguem realmente, venham à Cesan. Quem tem capacidade de pagamento, faz o pagamento normal da tarifa. Quem tem baixa renda, tem os descontos possíveis pela tarifa social.”
O proprietário da transportadora não estava no local no momento da fiscalização e, por isso, não houve flagrante. A Polícia Civil dará prosseguimento às investigações para responsabilizar os envolvidos na irregularidade.
*Com informações do repórter Rodrigo Schereder, da TV Vitória/Record