Uma pistola ponto 40 foi encontrada, nesta sexta-feira (04), no quintal de uma casa em Jardim Carapina, na Serra, bairro onde o soldado Ítalo Bruno Pereira Rocha, de 25 anos, foi executado a tiros e pedradas, na noite do último domingo (30).
De acordo com a polícia, a arma pode ser do policial assassinado, que atuava no Grupo de Apoio Operacional (GAO) do 6º Batalhão da Polícia Militar. No entanto, essa informação ainda será confirmada por meio das investigações. O que chamou atenção da polícia é que a arma estava com a numeração raspada.
Ainda nesta sexta-feira, na parte da tarde, um jovem prestou depoimento na Delegacia de Crimes Contra a Vida (DCCV) da Serra. Ele foi ouvido pelo delegado e liberado em seguida.
O rapaz informou ser amigo de dois dos envolvidos no crime, que já foram presos. De acordo com a polícia, todos os ouvidos, até o momento, estão confirmando a linha de investigação que está sendo seguida.
Sete pessoas já foram detidas, suspeitas de terem envolvimento com o assassinato do soldado Ítalo. Três confessaram o crime. Eles foram apresentados pela polícia na última terça-feira (01).
Garotas
Em depoimento à Polícia Civil, o colega de farda de Ítalo, o também soldado Alan Carlos Ferreira Neto, que estava junto da vítima no momento em que ela foi assassinada, declarou que os dois foram a Jardim Carapina, na noite do crime, para encontrar duas garotas, conhecidas do PM morto.
Neto contou que, próximo a um baile funk, ele e Ítalo foram surpreendidos por tiros, na rua onde acontecia a festa. Os dois policiais tentaram fugir de carro, mas acabaram batendo.
O soldado Neto contou que conseguiu fugir dos bandidos pulando muros de casas. Já Ítalo acabou indo para a rua, onde foi morto pelos criminosos. A ação dos bandidos foi registrada por uma câmera de videomonitoramento.
De acordo com a polícia, as investigações ainda estão em andamento e a motivação do crime ainda não foi esclarecida. O policial e os suspeitos do homicídio poderão prestar novos depoimentos.
Para que a polícia consiga realizar todas as diligências necessárias e para não atrapalhar o andamento do inquérito policial, os delegados não estão atendendo a imprensa para falar sobre o caso. Detalhes da investigação também não serão passados, justamente para não prejudicar os trabalhos.