Polícia

Polícia impede festa clandestina na Rua da Lama organizada pelas redes sociais

O serviço reservado do 1º Batalhão da PM, em Vitória, monitorou toda a divulgação e convite para o evento clandestino e impediu junto com a prefeitura que o local fosse ocupado

Durante a ação da PM e da prefeitura não foram registradas ocorrências no local Foto: Divulgação/PM

Um grupo ainda não identificado pela polícia “organizou” e divulgou pelas redes sociais um evento previsto para acontecer na Rua da Lama, em Jardim da Penha, Vitória, nesta sexta-feira (10). O evento clandestino foi impedido de acontecer pela Polícia Miliar e pela Guarda Municipal de Vitória. 

De acordo com o comandante do Comando de Polícia Ostensiva Metropolitano, coronel Alexandre Ramalho, todas as divulgações relacionadas ao evento clandestino foram monitoradas pelos militares do 1º Batalhão da PM, em Vitória. 

“O que essas pessoas não sabiam é que a Polícia Militar realiza o monitoramento constante das redes sociais. Descobrimos o que estava sendo organizado e rapidamente a prefeitura publicou a interdição da avenida Anísio Fernandes Coelho, que é conhecida como Rua da Lama. Com isso, impedimos que os ambulantes e os carros equipados com potentes aparelhos de som se instalassem no local e impedimos o evento clandestino”, disse.

Ramalho falou ainda que estas festas atraem um público adolescente e jovem com idades entre 15 e 27 anos. O transtorno que traz para a comunidade é tanto que acaba sobrecarregando o Ciodes. “Percebemos a presença de muita bebida alcoólica, drogas e o som alto, o tal do ‘pancadão’ incomoda os moradores e causa muito transtorno como gritarias, brigas e sujeira. Com isso, os moradores ligam para o Ciodes que tem que demandar muitas viaturas para estes locais sobrecarregando o sistema”.

O coronel Alexandre Ramalho explica que a polícia sempre irá chegar nos locais onde estão marcados para sediar os eventos clandestinos antes dos ambulantes e dos frequentadores para evitar confrontos. “A comunidade reclama quando o evento já está acontecendo porque não tiramos as pessoas do local. Fica praticamente inviável tirar as pessoas sem confronto, sem o uso do spray de pimenta ou bala de borracha. Por isso, chegamos primeiro porque depois que se instalam no local, só sobra o confronto”.

Na ação realizada pela polícia. nesta sexta-feira (10), não foram registradas ocorrências no local.  Quem ficou feliz com a ação rápida tanto da polícia quanto da prefeitura de Vitória foi a empresária Jeane Bona Sá, moradora de Jardim da Penha há 15 anos. Ela afirma que os transtornos não ficam limitados somente durante a festa clandestina. Para ela, o pior sobra para o dia seguinte.

“A polícia está de parabéns por ter impedido mais uma festa clandestina. Já aconteceram outros eventos deste tipo aqui em Jardim da Penha. Além de não conseguirmos dormir com a baderna, as ruas ficam imundas no dia seguinte. As pessoas fazem das calçadas e postes de banheiro e as ruas ficam com um cheiro insuportável e cheias de lixo”, reclamou. 

Uma comerciante que pediu para não ser identificada contou que este tipo de evento causa prejuízo para quem trabalha na região. “Eu tenho que pagar uma série de impostos para ter o meu bar aberto, além de pagar para que algum artista se apresente e estes eventos  que não são liberados pela prefeitura atraem ambulantes que nos impedem de vender e ainda espantam os nossos clientes porque ninguém quer ficar em um local que pode acontece uma confusão ou tiroteio a qualquer momento”.