Criminosos trocaram tiros com policiais militares quando a equipe tentava dispersar dois bailes clandestinos, na Serra, na madrugada deste sábado (16). Um suspeito foi preso em Planalto Serrano e outro em Jardim Carapina. Um homem acabou detido com uma submetralhadora e drogas.
“A Polícia Militar veio para fazer um atendimento de uma ocorrência, onde dava conta de indivíduos estarem fazendo um baile clandestino”, disse o Subtenente Braga.
Pouco após 1h30 da madrugada, os militares chegaram, em quatro viaturas, ao local indicado nesse sábado (16). Segundo a Polícia Militar, eles se depararam com cerca de 400 pessoas no baile e utilizaram equipamentos não-letais para dispersar a multidão.
“Imediatamente a equipe, ao chegar determinada pelo Ciodes, embarcou para fazer a dispersão e liberação das vias. Foi recebida com pedras, hostilizações e xingamentos. Geralmente as pessoas estão embriagadas, usam drogas e perdem o controle”, contou o militar.
Entretanto, alguns homens fugiram na direção contrária da multidão, para uma rua escura. De acordo com a PM, eles estavam armados e começaram a atirar contra os militares.
Houve uma troca de tiros e, durante o confronto, parte dos criminosos conseguiu escapar. Contudo, um deles foi alcançado dentro de um terreno onde ficam armazenados materiais recicláveis.
O suspeito de 25 anos foi detido e, no caminho até a viatura, os militares novamente trocaram tiros. Dessa vez contra pessoas que tentaram impedir que o homem fosse conduzido para a delegacia.
“Alguns que tinham fugido no primeiro momento efetuaram o disparo contra os militares”, relatou o subtenente.
O suspeito detido com a submetralhadora foi levado para a delegacia logo depois de uma troca de tiros em outro baile clandestino em Planalto Serrano.
“Os militares tinham feito uma atuação muito forte em Planalto Serrano, mais um baile clandestino. E os militares já tinham feito a liberação da via, até pra trazer a sensação de segurança para os moradores daquele local, que precisava ter o seu descanso merecido. Foi necessário o uso da força proporcional porque efetuaram o disparo real contra os militares, eles reagiram dentro da legalidade, da norma que precede toda uma ação policial”, relatou o PM.
A Polícia Militar afirmou que monitora as redes sociais, quando é possível, para combater a realização de bailes clandestinos. Nesse trabalho, conta com a ajuda da população e destaca que os moradores são os mais prejudicados por essas festas.
“Infelizmente essa rede social que eles usam é fechada, então eles acabam fazendo um baile com divulgação fechada. Quando chega ao conhecimento da polícia ou da população, que não aceita esse tipo de atitude, de baile clandestino com o emprego de arma de fogo, droga, abusos sexuais, a Polícia Militar tem atuado. A gente pede a população: acredite no trabalho da polícia, façam as denúncias devidas, a Polícia Militar vai atuar. São bailes que atrapalham o deslocamento, ida e volta das pessoas, interrompe o direito condicional de muitas pessoas”, contou o Subtenente Braga.
Mais uma festa na Serra
Outro baile clandestino foi encerrado na madrugada desse sábado, na Serra. Os participantes lançaram pedras e garras contra os policias militares, que utilizaram equipamentos não letais para dispersar a multidão.
Por volta das 2h30 da madrugada, os militares chegaram ao bairro Jardim Tropical, na Serra. Eles foram chamados por moradores que reclamaram de um baile clandestino que tinha cerca de 100 pessoas no local.
Os policiais inicialmente se aproximaram e conversaram com alguns participantes que concordaram em desligar as caixas de som. Contudo, segundo a Polícia Militar, logo depois eles começaram a jogar pedras e garrafas contra os militares.
Foi nesse momento que os policiais reagiram e dispararam tiros com balas de borracha e utilizaram também spray de pimenta.
Os militares solicitaram apoio e equipes em cinco viaturas foram enviadas ao local. De acordo com a PM, após a chegada do reforço, os participantes da festa clandestina saíram correndo por ruas e becos e a ocorrência foi encerrada.
*Com informações da repórter Fernanda Batista, da TV Vitória/Record TV