Um dos suspeitos de incendiar um ônibus no início da noite de quarta-feira (20), no bairro Divino Espírito Santo, em Vila Velha, foi preso horas após o crime e encaminhado ao Centro de Triagem de Viana.
Segundo a Polícia Civil, o homem de 26 anos foi conduzido à Delegacia Regional de Vila Velha, pela Guarda Municipal, e autuado em flagrante por causar incêndio, expondo a perigo a vida, em veículo de transporte coletivo.
O caso aconteceu na Rua Moema, próximo ao Hospital Vila Velha. Na mesma rua, um jovem de 25 anos foi assassinado com mais de 40 tiros, sendo a maioria na cabeça, na noite de terça-feira (19). No entanto, ainda não há informações se o incêndio ao coletivo tem relação com o crime e sobre quem ateou fogo no veículo.
O ônibus incendiado faz a linha 610, entre os terminais de Itaparica e Vila Velha. Segundo a empresa responsável pelo coletivo, nenhum passageiro ficou ferido.
A Prefeitura de Vila Velha informou que uma equipe da ROMU, unidade especializada da Guarda Municipal, fazia rondas por Divino Espírito Santo, quando avistou um grupo de pessoas correndo e chorando. Eles avisaram que um grupo estaria ateando fogo num ônibus.
Ainda segundo a prefeitura, a viatura se dirigiu ao local e flagrou o grupo, que imediatamente dispersou. Segundo a Guarda, um homem detido foi flagrado tentando fugir pelos telhados de edifícios do entorno.
Testemunhas relataram situação tensa
Algumas pessoas fizeram registros de um posto de combustíveis na região, relatando que estavam impossibilitados de sair do local, por causa da situação tensa. Alguns relataram muita correria na região e afirmaram ter ouvido tiros.
Segundo um comerciante local, o Corpo de Bombeiros já apagou o incêndio e a rua chegou a ficar sem energia elétrica. A EDP, concessionária responsável pelo fornecimento de energia, informou, no entanto, que uma equipe realizou uma inspeção no local e não constatou nenhum cliente sem energia.
Prejuízo de R$ 400 mil a cada ônibus incendiado
Procurada pela equipe de reportagem da Rede Vitória, a GVBus informou que, entre 2020 e 2022, foram registrados 19 ônibus incendiados por iniciativa de criminosos.
“Os prejuízos, que giram em torno de R$ 400 mil em média por veículo incendiado (valor médio de um novo), recaem em todo o sistema, porém, no bruto, são arcados pela empresa proprietária do ônibus queimado.
Destacamos que, embora os Consórcios possuam veículos reservas para garantir a operação, a destruição de um coletivo gera transtornos, já que um ônibus novo demora em torno de três meses para ser fabricado, além do período dos trâmites legais para que ele entre em circulação”, diz a nota.
Leia também: VÍDEO | Prédio desaba após explosão em Vila Velha; duas pessoas estão sob escombros