A Polícia Civil do Espírito Santo divulgou detalhes, nesta quinta-feira (23), sobre o caso do dono da clínica de estética, de 38 anos, suspeito de abusar de pacientes durante procedimentos. Os casos foram registrados na cidade de São Mateus, no Norte do Espírito Santo.
Ele foi preso pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de São Mateus, com apoio da Polícia Militar de Minas Gerais, na cidade de Governador Valadares, em Minas Gerais.
Segundo a titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de São Mateus, delegada Gabriella Zaché dos Santos, foram localizadas 6 vítimas, sendo uma delas menor de idade.
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A polícia explica que, no final do ano de 2022, recebeu uma denúncia de uma das pacientes, relatando que foi abusada durante um procedimento estético.
“A partir das investigações, as outras vítimas foram identificadas, sendo uma delas uma menor de idade”, ressaltou a delegada.
Entretanto, com medo, a vítima procurou a delegacia e mudou o depoimento, alegando que não havia sido abusada.
No começo deste ano, sabendo da investigação, o suspeito fechou a clínica e fugiu da cidade.
As investigações apontam que o massoterapeuta manipulava as partes intimas e tocava locais indevidos dos corpos das vítimas.
“Durante as ações e abusos, ele ameava que iria contar para a família dessas mulheres e as culpava. Com isso, elas ficavam em pânico e não conseguiam reagir aos atos”, destaca.
Além disso, a mulher do acusado, que trabalhava na clínica, alegou que não possuía conhecimento dos crimes do marido. “Durante a prisão e em depoimento, ela negou que soubesse do que se passava no local”, explicou a delegada.
O massoterapeuta será indiciado pelos crimes de importunação sexual, coação no curso do processo e estupro. Além disso, ele está sendo investigado pelo crime de estelionato.
“Ao fechar a clinica que ele tinha anteriormente em Pinheiros, alguns clientes haviam pago pacotes e ele não restituiu nenhum deles”, disse Gabriella Zaché.
A delegada também destaca que é necessário encorajar outras possíveis vítimas para que elas denunciem o abusador. “Gostaríamos de encorajá-las a irem até a delegacia para denunciar os atos praticados. Se não conseguirem, podem procurar o disque-denúncia 181”, afirmou.
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