Uma nova reconstituição do tiroteio ocorrido no dia 6 de setembro entre policiais e suspeitos que matou o soldado Dayclom Nascimento Feu, do BME, foi realizada nesta terça-feira (7), desta vez com a presença de Iaclison Cajazeira de Almeida, ferido na troca de tiros e que estava internado até a última quarta-feira (2).
Segundo o delegado João Paulo Pinto, da Delegacia de Crimes contra a Vida de Cariacica, o suspeito afirma não ter disparado a bala que atingiu a cabeça de Dayclom. O caso continua sob sigilo da Justiça, mas o delegado não descarta a possibilidade de Laclison esteja dizendo a verdade.
A nova simulação já estava prevista pela Polícia Civil e não contou com a participação dos policiais do batalhão, que estavam na operação em que o soldado foi atingido. Nenhum deles ainda foi ouvido oficialmente e segundo a Polícia Civil, o laudo da pericia que pode indicar de que arma partiu o tiro ainda não foi liberado.
O delegado João Paulo Pinto afirmou que a previsão de conclusão do inquérito é de 30 dias.
Entenda o caso
O soldado do BME Dayclom Nascimento Feu, de 28 anos, foi morto com um tiro na cabeça no bairro Padre Gabriel, em Cariacica. De acordo com os policiais que estavam na ocorrência, uma viatura do Batalhão de Missões Especiais (BME) parou em uma esquina.
Assim que os PMs avistaram dois rapazes em atitude suspeita, desceram para fazer a abordagem. Foi aí que os criminosos atiraram. Os policiais, então, revidaram. O policial que foi atingido foi o único que não havia saído do carro. Dayclom foi atingido com um tiro na cabeça.
O policial chegou a ser socorrido e encaminhado para um hospital particular de Cariacica, onde foi submetido a uma cirurgia, mas não resistiu e morreu. O policial Dayclom estava na corporação desde 2009 e integrava o BME há três anos.