Os policiais civis do Rio de Janeiro presos na manhã de quinta-feira (19), por suspeita de tráfico de drogas, também são investigados por suposta venda de 29 fuzis apreendidos de criminosos do Complexo da Penha, na zona norte, a uma facção rival.
As informações que a Record TV Rio teve acesso, constam em um documento com mais de 400 páginas do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).
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Segundo a investigação, a venda dos fuzis teria acontecido em resposta à falta de um pagamento de propina. Um traficante da maior organização criminosa que atua no Estado foi preso e se comprometeu a pagar R$ 500 mil aos policiais para ser liberado.
Como não quitou o valor integralmente, os agentes, que já tinham informações sobre um arsenal na Vila Cruzeiro, apreenderam 31 fuzis, durante a Operação Torniquete, em julho deste ano.
Na ocasião, apesar do grande número de armas recolhidas, a equipe do ex-chefe de investigação da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC) — preso na quinta-feira — apresentou apenas dois fuzis à Polícia Civil e à imprensa.
Ainda segundo as investigações, o grupo vendeu o armamento para uma facção rival como forma de vingança.
O caso chegou até a Polícia Federal por meio de um relatório da Corregedoria da Polícia Civil, pois circulavam informações nos corredores da instituição sobre o suposto desvio das armas, além da transferência do ex-chefe de investigação da DRFC para outra delegacia após a operação.
O que diz a Polícia Civil?
Em nota, a Polícia Civil informou que a corregedoria da corporação apoiou a ação para o cumprimento das ordens judiciais e “está instaurando processos administrativo-disciplinares”.
Ainda segundo o comunicado, a Polícia Civil diz que “não compactua com nenhum tipo de desvio de conduta e atividade ilícita, reiterando seu compromisso de combate ao crime em defesa da sociedade”.
Com informações do Portal R7.