A Polícia Militar afastou os policiais militares envolvidos na ocorrência que resultou na morte de Danilo Lipaus Matos, de 20 anos. O jovem foi morto a tiros após desobedecer uma ordem de parada dos policiais em Colatina, no Noroeste do Espírito Santo, na madrugada de sábado (1º).
Além do afastamento, a conduta adotada pelos policiais também vai ser investigada pela Corregedoria da PM.
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Em entrevista a TV Vitória/ Record, o pai do jovem, Josenildo Monteiro Matos, afirmou que a caminhonete pertencia à Danilo e a abordagem aconteceu depois que o rapaz saiu de uma festa. Segundo ele, o veículo estava com documentação em dia e o filho tinha carteira de motorista.
“É uma picape que compramos em 2013. Eu tinha dado essa picape para ele. Ele tinha carteira de habilitação e o documento estava correto. Não tem motivo deles fazerem isso com meu filho”, afirmou.
A Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) informou que foi determinada a instauração de inquérito policial militar pela Corregedoria da Polícia Militar e o afastamento das atividades operacionais de todos os policiais envolvidos na ação.
Além do inquérito da Corregedoria, também será feita a investigação pelas Polícias Civil e Científica, com acompanhamento direto do Ministério Público em todas as apurações.
“O Governo do Estado destaca que preza pela atuação técnica das polícias e uso seletivo e progressivo da força e, caso fique constatada irregularidade na ocorrência, as medidas cabíveis serão tomadas em todas as esferas”, disse a nota.
A versão da Polícia Militar
Na versão da Polícia Militar, a equipe foi alertada pelo Cerco Eletrônico sobre uma caminhonete com restrição em movimento pela rodovia Gether Lopes, em direção à Colatina.
Segundo a PM, o veículo teria restrição de furto e roubo e teria sido utilizado para cometer crimes na região de Águia Branca.
Os policiais deram ordem de parada, mas o motorista não parou o veículo. Houve perseguição e os agentes atiraram na caminhonete. Danilo foi baleado e morreu.
*Com informações da repórter Úrsula Ribeiro, da TV Vitória/Record