O policial militar Jalber Crivelari, acusado de ter baleado o irmão após uma discussão, na Serra, alegou que atirou contra o familiar por legítima defesa. Na tarde desta segunda-feira (21), ele prestou depoimento na Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) por cerca de quatro horas.
De acordo com a Polícia Civil, o PM disse ao delegado de plantão na DHPP, Eduardo Oliveira Fernandes da Costa, que seu objetivo foi defender a mãe, que, segundo ele, já havia sofrido agressões por parte do irmão, Jorge dos Santos Junior.
O policial disse ainda que Jorge é usuário de drogas e que já teria agredido a mãe. Após o depoimento, o militar, que trabalha no Batalhão de Trânsito da Serra, deixou a delegacia, por volta das 15h30, e não quis falar com a imprensa.
Além de Crivelari, o delegado ouviu o rapaz baleado e a mãe dos dois. O caso será encaminhado para a Delegacia de Crimes Contra a Vida (DCCV) da Serra, para finalização de inquérito civil. Em seguida, ele será direcionado para a Corregedoria da Polícia Militar, onde deverá ser instaurado processo administrativo disciplinar contra o policial.
O caso aconteceu na madrugada desta segunda-feira, na casa da mãe dos envolvidos, localizada no Bairro das Laranjeiras, região de Jacaraípe, na Serra. De acordo com a Polícia Civil, o irmão do PM teria ido à casa da mãe, onde houve uma discussão.
Ainda segundo a polícia, Jorge, que seria lutador de Jiu-Jitsu e capoeira, estaria alterado e teria ameaçado o policial com um martelo de ferro. Para se defender, Crivelari atirou na perna esquerda do irmão. Jorge foi socorrido e encaminhado para o Hospital Jayme Santos Neves, no mesmo município. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), o estado de saúde dele é estável.