Cinco suspeitos de tentar sequestrar um casal de empresários de Campo Grande, em Cariacica, foram detidos nesta quinta-feira (28). De acordo com a polícia, de novembro de 2015 a abril deste ano, foram pelo menos cinco tentativas de sequestro, todas frustradas. Um dos suspeitos de integrar o grupo é um policial militar da reserva.
Os mandados de prisão temporária foram cumpridos pela Delegacia Anti Sequestro, com o apoio do Núcleo de Repressão às Organizações Criminosas e à Corrupção, nos municípios de Vitória, Vila Velha, Marataízes e Itapemirim.
Foram presos o policial militar da reserva Fendomar Quinteiro Bertulante, Maria Julia dos Santos Rangel, além do filho dela, Fábio dos Santos Carvalho, o irmão dela, Juliano Braga dos Santos, e uma mulher que não teve a identidade divulgada.
As investigações duraram cerca de oito meses. Segundo a polícia, o militar da reserva foi casado com a irmã do empresário e, por isso, conhecia bem a rotina da família. Ainda de acordo com a polícia, Fendomar acreditava que o casal guardava uma alta quantia em dinheiro e, por isso, teria convidado quatro homens de São Paulo para realizar o sequestro.
“A informação que nos chega é de que o Fendomar realmente foi casado com uma das irmãs do empresário. Ele informou à quadrilha que o casal tinha em seu poder uma certa quantia vultuosa. Mas isso ainda está sendo objeto de investigação”, frisou o escrivão da Delegacia Anti Sequestro, Murian Rocha.
Um vídeo divulgado pela polícia, gravado em abril deste ano, mostra o momento em que a empresária é abordada por um homem na calçada. Ele tenta empurrá-la para dentro do veículo, que já está com a porta aberta, mas ela consegue fugir. Várias pessoas que passavam pela rua correram para ajudá-la a escapar do criminoso.
Segundo a polícia, o carro usado pelo grupo na tentativa dos crimes pertencia a Maria Julia. O irmão e o filho dela teriam planejado o crime.
Dois homens que teriam vindo de São Paulo para participar do sequestro já estão presos. Segundo a polícia, eles foram detidos por tráfico de drogas, em junho, depois de trocar o carro usado pelo grupo por maconha, no Paraguai. A polícia agora trabalha para identificar as condutas dos envolvidos para que eles sejam responsabilizados.