Uma confusão envolvendo um policial militar, sua esposa e um médico de plantão teve desfecho na numa delegacia da Serra, na tarde de quinta-feira (24). O caso aconteceu no UPA de Serra Sede.
Na versão do policial, ele conta que passeava com a esposa, quando ela começou a sentir formigamento e dores no peito e na cabeça. Ao chegar na UPA, o policial disse que o médico debochava durante o atendimento. “Ele perguntou ‘é necessário esse escândalo todo?’. Ele falou algumas coisas que eu não me recordo as palavras, mas o tom estava debochado. E foi a hora que eu interrompi ele e disse que ele não pode tratar as pessoas desta forma. Ele se levantou, bateu na mesa e disse ‘eu não vou mais atender vocês'”, disse o policial.
O subsecretário de saúde da Serra nega a versão contada pelo policial. “Durante o atendimento houve um desentendimento do acompanhante dela com o médico. O acompanhante se exaltou, levantou a blusa, mostrou a arma, criou uma situação de medo nas pessoas”, conta o subsecretário.
O policial rebateu a versão descrita pelo subsecretário. “O delegado disse que todos os que foram ouvidos foram unânimes em falar que você não sacou arma, que em nenhum momento eu vislumbrei abuso de autoridade. O delegado disse: ‘segundo o relato do médico ele havia solicitado para você deixar a sala para ele prosseguir o atendimento e você não fez'”, disse o PM.
O policial, a esposa e o médico prestaram depoimento na delegacia. A mulher do policia foi autuada por dano ao patrimônio público, mas pagou uma fiança de R$ 700 e foi liberada. O policial assinou um termo circunstanciado por desacato a autoridade e deve responder um processo administrativo na corregedoria da Polícia Militar.