O Policial Militar apontado como autor do disparo que matou Everton dos Santos Silva, no dia 28 de maio no bairro Central Carapina, na Serra, foi liberado da prisão.
A decisão foi da juíza Daniela Pellegrino de Freitas Nemer. De acordo com a juíza, a prisão preventiva do militar foi suspensa porque “não há elementos que indiquem que o policial possa prejudicar as investigações”.
A prisão preventiva do PM foi substituída por medidas cautelares. Ele está proibido de ter qualquer contato com testemunhas do crime e de ficar mais de 30 dias fora da Grande Vitória sem aviso prévio. O militar também deve comparecer a todos os atos processuais e manter o endereço atualizado.
Em depoimento, segundo a Polícia Civil, o militar afirmou que efetuou um disparo com a intenção de acertar o veículo, que não teria respeitado uma ordem de parada, e não o condutor.
Relembre o caso
Segundo o subcomandante do 6ª Batalhão da PM, major Fahning, Everton dos Santos passava de moto pela avenida principal de Central Carapina, na Serra, sem o uso do capacete, quando recebeu ordem de parada dos policiais militares. Everton teria ignorado a ordem e jogado a moto em direção aos policiais. Diante disso, um deles efetuou o disparo e o jovem foi atingido.
Moradores da região afirmam que o rapaz era trabalhador. Além disso, familiares do jovem e testemunhas contaram que a Polícia Militar queria retirar o corpo do local. A ação foi repreendida por populares que estavam na rua.
O irmão da vítima confirmou a informação de que os policiais queriam retirar o corpo do rapaz do local e, diante do ocorrido, os familiares se revoltaram. Os policiais militares dispararam balas de borracha para dispersar as pessoas.
“A gente tem que tomar as medidas necessárias para conter um situação de distúrbio civil que estava se tornando ali naquele momento, inclusive, para isolar o local em que o indivíduo estava caído. Então, se fez necessário uso de equipamentos de proteção para que a gente garantisse esse isolamento no local”, explicou o major.