Após intensos tiroteios, uma linha de ônibus deixou de circular, nesta quarta-feira (29), em algumas regiões do bairro Nova Palestina, em Vitória.
De acordo com a Companhia Estadual de Transportes Coletivos de Passageiros do Espírito Santo (Ceturb-ES), o ônibus da linha 010 está parando a cerca de 400 metros antes do ponto final.
Ainda de acordo com a Ceturb-ES, os coletivos só devem voltar ao trajeto normal quando a situação se tranquilizar na região.
Os moradores do bairro têm que mudar a rotina constantemente por causa dos confrontos provocados pela guerra do tráfico de drogas. Desde o início da semana, as aulas presenciais na escola municipal Neuza Nunes Gonçalves foram suspensas.
Um dos moradores contou que, além da educação e do transporte público, outros serviços também são afetados pela violência. Segundo ele, é difícil conseguir profissionais para realizar serviços na região porque as pessoas têm medo de entrar no bairro.
Na tarde desta quarta-feira (29), o movimento em Nova Palestina parecia tranquilo. Viaturas da Polícia Militar patrulhavam a região. A Guarda Municipal também estava presente. Na noite anterior, diversos tiros deixaram a população do bairro assustada. Um dos disparos atingiu a residência de um morador.
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A polícia foi acionada e, quando chegou no bairro, foi recebida a tiros pelos criminosos. Os militares revidaram a agressão. Na correria, os suspeitos deixaram uma espingarda para trás.
“Eles efetuaram os disparos, na altura da ‘Curva da Morte’. Quando eles perceberam que a polícia estava presente, eles atiraram contra a guarnição que revidou. Em seguida, eles empreenderam fuga em direção ao interior do Morro Conquista. Por conta da equipe conhecer muito bem o morro, realizaram um cerco e encontraram um armamento”, contou o soldado Fagundes.
Confrontos acontecem com frequência na região. No último fim de semana, o Esquadrão Antibombas da Polícia Militar esteve no bairro para detonar um explosivo. No meio do fogo cruzado está a população.
Segundo o secretário estadual de Segurança Pública, Alexandre Ramalho, o problema do bairro é a participação de pessoas cada vez mais jovens no tráfico de drogas. “Jovens tentando tomar uma organização criminosa da localidade do buraco quente, entram na rua e fazem disparos”, disse.
Ainda segundo o secretário, em dois meses, 11 menores foram apreendidos e várias armas de fogo retiradas de circulação na Grande São Pedro. “Foram retiradas de circulação 17 armas de fogo e conduzidos para delegacias 45 indivíduos”.
*Com informações da repórter Gabriela Valdetaro, da TV Vitória/Record TV.