Polícia

Presa quadrilha suspeita de explodir caixas eletrônicos no ES

Segundo a polícia, pelo menos três crimes foram praticados pelos suspeitos, em Santa Maria de Jetibá, Pancas e Aracruz

Foto: Reprodução TV Vitória

A polícia prendeu uma organização criminosa suspeita de envolvimento em pelo menos três explosões a agências bancárias no Espírito Santo. Os crimes, segundo as investigações da Delegacia de Roubo a Banco, aconteceram em Santa Maria de Jetibá, Pancas e Aracruz e sempre eram cometidos de madrugada.

Wesley Mattos Storck, de 31 anos, e Jhoni da Silva Marques, de 33, foram detidos na sexta-feira da semana passada em Praia Grande, Fundão. Um terceiro homem, que não teve a identidade divulgada pela polícia, foi preso em Jacaraípe, na Serra.

“Eles arrombavam a agência com um pé de cabra, forçavam pelo menos uma abertura nos caixas eletrônicos e aí eles colocavam uma emulsão encartuchada explosiva, ligada por um cordel detonante, e, com um estopim, eles explodiam os dois caixas eletrônicos simultaneamente”, contou o delegado Romualdo Gianordolli, responsável pelas investigações.

De acordo com a polícia, a primeira explosão aconteceu no dia 25 de setembro do ano passado, no distrito de Caramuru, em Santa Maria de Jetibá, na região serrana do Estado. Imagens de câmeras de segurança do local mostram que um dos homens entra no local e, com um pedaço de ferro, força uma abertura no caixa eletrônico e coloca os explosivos. O grupo foge levando cerca de R$ 30 mil.

A segunda ação foi em Laginha de Pancas, distrito de Pancas, região noroeste do Estado. De acordo com as investigações, o modo de atuação do grupo foi muito parecido, mas, nesse crime, o grupo não conseguiu ter acesso ao dinheiro.

O caso mais recente aconteceu no dia 6 de fevereiro deste ano, no distrito de Guaraná em Aracruz. Na ocasião, eles também não conseguiram levar nenhum valor, mas deixaram a agência destruída.

As investigações apuraram ainda que a organização criminosa tomava vários cuidados para não deixar pistas. Além de usar luvas, o grupo utilizava dois veículos: um para cometer a ação e outro para a fuga. “Esse veículo utilizado no crime eles abandonam em um local predeterminado, queimam o veículo para não deixarem qualquer tipo de vestígio e, aí sim, embarcam em um outro veículo, que já aguardava no local, para fugirem em definitivo”, contou o delegado.

Um quarto suspeito, Luciano Rodrigues Morais, de 39 anos, continua foragido. “Era um que trabalhava na contenção e também estava dirigindo o primeiro veículo da fuga. Está sendo passada a qualificação dele e nós contamos com a população para encontrá-lo, para que ele não possa mais empreender esse tipo de ação criminosa”, ressaltou Gianordolli.

O delegado afirmou ainda que as investigações vão continuar para apurar a participação de outros suspeitos. Os três suspeitos presos devem responder pelos mesmos crimes. “Eles vão responder por furto qualificado mediante uso de explosivos, além do crime de organização criminosa”, frisou.

Com informações do repórter Emerson Ferreira, da TV Vitória/ RecordTV!