Polícia

Preso terceiro suspeito de cometer assalto milionário em galpão no Aeroporto de Vitória

O suspeito estava em casa, no município de Alfredo Chaves, no Sul do Espírito Santo, quando foi localizado por policiais da Delegacia Patrimonial. O jovem, de 24 anos, nega participação

O galpão foi assalto em maio de 2014 Foto: TV Vitória

Um suspeito de participar de um assalto a um terminal de cargas da empresa de aviação TAM, no Aeroporto de Vitória, em maio de 2014, foi apresentado pela Polícia Civil nesta sexta-feira (15). O homem é o terceiro preso suspeito pelo crime. A carga roubada foi avaliada em R$ 1,2 milhão.

Weberton Endlich Alves estava em casa, no município de Alfredo Chaves, no Sul do Espírito Santo, quando foi localizado por policiais da Delegacia Patrimonial. O jovem, de 24 anos, nega, mas segundo o delegado à frente do caso, Jordano Bruno Leite, ele é suspeito de participação no assalto a ao terminal.

“A Justiça decretou a prisão de todos os elementos que conseguimos identificar e expediu os respectivos mandados de prisão. Ontem, logo no iníco da manhã, foi designada uma equipe para poder localizar e efetuar a captura. Temos elementos suficientes que comprovam a participação dele no crime, que aconteceu no ano passado”, afirma o delegado.

Weberton negou participação no crime Foto: TV Vitória

O suspeito nega participação. “Não tenho nada a dizer, não tenho passagem pela Justiça”, diz Weberton.

Weberton é o terceiro suspeito de participação no assalto, a ser preso. Em agosto de 2014, Leonardo de Oliveira Inocêncio, de 26 anos, foi detido, após ser identificado pela polícia através de imagens do circuito interno do galpão.

No dia 27 de junho de 2015, a polícia prendeu o suspeito de ser o mentor do assalto. Alcenir Pereira dos Santos, de 37 anos, é apontado como um dos principais receptadores de cargas do Espírito Santo

Na madrugada do assalto, cinco homens armados e encapuzados entraram no galpão e renderam sete funcionários da empresa. As vítimas foram obrigadas a colocar em um caminhão, uma carga milionária de celulares e canetas.

Depois, os funcionários tiveram que descarregar o veículo. As vítimas foram levadas para um cativeiro, às margens da Rodovia do Contorno, onde permaneceram, por mais de cinco horas. Em seguida, os reféns foram liberados pelos criminosos.

“Pelos relatos que temos no inquérito policial, a ação foi, inclusive, bem fácil para eles, porque não havia nenhum tipo de controle de pessoas, veículos, não tinha monitoramento de câmeras. A ação foi tranquila, até porque a ação só foi descoberta depois que os funcionários foram liberados”, continua o delegado.

Alcenir Pereira (esquerda) é suspeito de ser o mandante. Leonardo de Oliveira também foi preso Fotos: TV Vitória

A polícia, agora, está a procura de outros dois supostos integrantes da gangue identificados como Thiago Adelino Santiago, conhecido como “Japão” e outro, identificado apenas como “Cadu”.

“Com a investigação foi possível identificar praticamente todos os elementos que já estão com mandado de prisão. Só nos resta identificar um indivíduo, conhecido como ‘Cadu’, que é seria oriundo do Rio de Janeiro, mas estamos fazendo contato com a polícia carioca para identificarmos e qualificarmos os indivíduos. Mas o caso está praticamente solucionado”, conta Jordano.

Segundo a polícia, os dois homens que tiveram a ideia de contratar a quadrilha, acabaram ficando de fora do assalto. Em represália ao que consideraram traição, por parte dos assaltantes, os mandantes decidiram se tornar testemunhas do crime.

“A reação foi que eles acabaram virando testemunhas, no caso testemunhas colaboradoras porque, ao contrário, eles poderiam se complicar ainda mais, já que não tiveram participação efetiva no crime, e acabou que eles delataram os envolvidos que participaram diretamente, o que só reforçou o que já tínhamos no inquérito policial”, conclui o delegado.