Um homem apontado pela polícia como atual chefe do tráfico de drogas da região da Favelinha, em São Diogo, na Serra, foi preso na manhã desta quinta-feira (20) suspeito de participar de um assassinato ocorrido no dia 6 de fevereiro do ano passado, durante a paralisação da Polícia Militar do Espírito Santo. Na ocasião, Alexandre Ferreira de Souza foi executado a tiros e teve o corpo queimado.
Paulo Henrique de Castro Machado, de 24 anos, foi preso durante uma operação da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra. Segundo a polícia, ele era o único suspeito de envolvimento no crime que ainda estava foragido.
“Ele estava na sua residência e não ofereceu resistência. Foi detido e conduzido para esta delegacia, onde negou participação no crime. Porém é contraditório com relação aos outros depoimentos colhidos no inquérito policial”, afirmou o titular da DHPP da Serra, delegado Rodrigo Sandi Mori.
Já haviam sido presos por causa desse crime Tiago Pereira de Jesus, conhecido como “Zói”, de 27 anos, João Paulo Assunção de Paula, o “Galego”, de 20, e Otávio Lopes Vieira Oliveira, o “Barriguinha”, de 24.
De acordo com as investigações, o assassinato de Alexandre ocorreu por causa de uma arma que havia sido emprestada. Na ocasião, Naamã Roberto da Silva Moura, que, segundo a polícia, era amigo dos suspeitos, acabou morrendo com um tiro na cabeça.
“Ele era de Novo Horizonte e teria ido ao bairro, na companhia de um amigo, resolver a situação dessa arma. A conversa entre o Alexandre e o Naamã evoluiu para uma luta corporal e o Naamã estava armado com uma pistola calibre ponto 40. O seu amigo Tiago, na hora da luta corporal, foi tentar desarmar o amigo, conseguiu desarmar e efetuou um disparo no Alexandre. Porém, por erro na execução, ele acabou atingindo o próprio amigo, que é o Naamã, com um tiro na cabeça. Revoltados com a situação, de terem perdido um amigo dessa maneira, eles pegaram o Alexandre, colocaram dentro do porta-malas de um veículo e levaram ele para um local ermo. Chegando ao local, efetuaram disparos de arma de fogo na vítima e atearam fogo no seu corpo”, contou Sandi Mori.
Além dos assassinatos de Alexandre e Naamã, outros 49 ocorreram na Serra durante a greve da PM. Segundo o delegado, todos estão sendo investigados pela DHPP.
“Os homicídios que ocorreram na paralisação da Polícia Militar não estão esquecidos pela nossa delegacia. Há uma maior dificuldade na obtenção das provas, em razão do período em que eles foram cometidos, porém, na medida do possível, nós temos conseguido elucidar boa parte desses homicídios e, consequentemente, prender os respectivos autores dos crimes”, ressaltou.
Com informações da repórter Rafael Freitas, da TV Vitória/Record TV