Foi preso na noite da última quarta-feira (21), dois acusados de terem assassinado o casal Lorrayne Santiago Vieira, de 16 anos, e Fábio Kil, de 20, no último dia 14 de abril, na localidade de Três Praias, em Guarapari, na Grande Vitória. O ex-namorado de Lorrayne, Valbert Ramos Pires, de 20 anos, e Carlos Henrique Macedo, de 25, amigo de Valbert, foram presos pela polícia.
A prisão aconteceu no bairro Adalberto Simão Nader, em Guarapari. Os acusados foram presos preventivamente por 30 dias, prazo que pode ser prorrogado por mais 30, enquanto durarem as investigações.
O delegado que acompanha o caso, Alexandre Lincoln, da Delegacia de Crimes Contra a Vida (DCCV) de Guarapari, disse que o inquérito ainda não foi concluído e que as investigações continuam. A perícia pedida pelo delegado para análise dos dados registrados pelos celulares das vítimas ainda não foi recebida pelo delegado. As informações vão ajudar na investigação.
De acordo com Lincoln, Carlos Henrique não tinha passagem pela polícia, já o ex-namorado de Lorrayne tinha passagem por porte ilegal de armas, quando ainda era adolescente. Os acusados foram encaminhados para o Centro de Detenção Provisória (CDP) do município.
O crime
Lorrayne e Fábio foram encontrados mortos, na manhã do último dia 14 de abril, no local conhecido como Três Praias, em Guarapari. Segundo familiares, os dois teriam saído de casa para lanchar na noite do dia 13, e não voltaram mais. A moto de Fábio foi encontrada próxima à praia, e o corpo do rapaz estava na areia. O corpo de Lorrayne estava boiando na água.
Cronologia do crime
>> No mesmo dia do fato, no dia 14, o delegado ouviu o ex-namorado de Lorrayne, Valbert Ramos Pires, de 20 anos, apontado como suspeito do crime. Eles estavam separados há oito meses e, segundo familiares e amigos, Valbert não aceitava o fim do relacionamento. Em depoimento, que durou mais de uma hora, o rapaz negou qualquer participação no crime e ameaças à estudante, e foi liberado pela polícia.
>> No dia 15 de abril, o delegado responsável pela investigação do crime, Alexandre Linconl, disse, em entrevista, que não descartava a hipótese de crime passional. E que o crime pode ter sido praticado por pelo menos duas pessoas.
>> Ainda no dia 15, as famílias se despediram das vítimas no enterro e velório que aconteceu em Guarapari. Muito emocionados, os parentes pediram Justiça e prestaram homenagens.
>> No dia 16 de abril, a polícia começou a analisar os celulares das vítimas. As mensagens trocadas momentos antes do assassinato podem ajudar a polícia a identificar suspeitos. As informações são das famílias das vítimas. Contatado, o delegado Alexandre Linconl não se manifestou para não atrapalhar nas investigações.
>> No dia 23 de abril, nove dias após o crime, a família prestou depoimentos à polícia. Outras testemunhas também foram ouvidas.
>> A partir do dia 24 de abril, a polícia não divulgou nenhuma informação sobre o crime, para atrapalhar as investigações. No dia 25, outra testemunha foi ouvida pela polícia.