A prisão de Juliana Sales completou 15 dias. Ela, que é mãe dos irmãos Kauã, de seis anos, e Joaquim, de três anos, mortos carbonizados dentro de casa em Linhares, está presa em Teófilo Otoni, Minas Gerais. De acordo com os advogados responsáveis pelo caso, ela segue sem previsão de transferência para o Espírito Santo. A informação também é confirmada pela Secretaria Estadual de Administração Prisional do estado mineiro.
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A defesa também informou que nos próximos dias, deve entrar com pedido de habeas corpus. De acordo com a promotora de Justiça Rachel Tannenbaum, da 2ª Promotoria Criminal de Linhares, após a conclusão do inquérito policial, o Ministério Público percebeu que haviam outros indícios de coautoria de Juliana e, a partir de então, fez o requerimento de novas diligências.
A promotora informou ainda que Juliana foi omissa e, por isso, responderá pelos mesmos crimes que o marido: dois estupros de vulneráveis, dois crimes de tortura e fraude processual, por alterar a cena do crime.
O marido dela, Georgeval Alves, que é pai de Joaquim e padrasto de Kauã, está preso desde abril, quando o crime aconteceu. Ele é acusado de ter agredido, estuprado e ateado fogo nas crianças dentro de casa, no Centro de Linhares.
Prisão de Juliana
A mãe dos irmãos foi presa na madrugada do dia 20 de junho, no município de Teófilo Otoni, em Minas Gerais. O mandado de prisão por homicídio qualificado foi expedido no dia 18 de junho pelo juiz André Bijos Dadalto, da 1ª Vara Criminal de Linhares, e foi cumprido pela Polícia Civil de Minas.
A Polícia Civil do estado vizinho contou que Juliana estava na casa de um pastor no momento da prisão, no bairro São Francisco, em Teófilo Otoni. O município é o mesmo em que ela participou de um congresso no dia 21 de abril, data em que ocorreu o incêndio na residência onde morava com o esposo, Georgeval Alves, e os filhos.
Filho do casal
Após a prisão, o bebê de um ano e dois meses, filho de Juliana Sales Alves e Georgeval Alves, presos pela morte dos irmãos carbonizados, foi encaminhado para Linhares. Ele está sob cuidados da família paterna de Juliana.
Laudos
Os advogados que fazem a defesa de Georgeval e Juliana, afirmam acreditar na inocência dos dois. Eles disseram que possuem provas para alegar essa inocência. “O que as pessoas não entendem é que o inquérito está numa fase onde não há exercício de defesa. Não há o contraditório, não há a ampla defesa. É inquisitivo mesmo. Então, agora que a defesa vai começar a trabalhar. O que se tem são informações de um fato que agora vai ser apurado diante do contraditório, da ampla defesa, a veracidade das informações já apresentadas. Nós temos vários laudos para contestar, nós temos questionamentos técnicos para demonstrar a inocência de Georgeval e mais ainda de Juliana”, afirmou Milena Freire.