Polícia

'Prisão perpétua, se pudesse', diz pai e marido das vítimas sobre caso Dondoni

Ronaldo afirmou que espera que Dondoni seja sentenciado e cumpra pena máxima

Foto: Reprodução

Ronaldo Andrade, marido e pai das vítimas do acidente que segundo a justiça Wagner Dondoni provocou em 2008, compareceu ao julgamento nesta segunda-feira (05). Ronaldo afirmou que Dondoni deve pagar pelo crime de alguma forma.

Dondoni não compareceu ao Fórum de Viana e Ronaldo contou que avalia o não comparecimento do réu como uma forma de fugir da responsabilidade. ‘’Ele tinha que vir para pagar pelos fatos agora, no momento, mas o júri vai ser concretizado hoje, vai ser batido o martelo, ele vai ser preso. E onde ele estiver eles vão buscá-lo’’, declara.

Ronaldo foi o primeiro a prestar depoimento, além dele, o senador eleito, Fabiano Contarato também foi ouvido. Ronaldo contou que o advogado do réu tentou diminuir a responsabilidade de Dondoni no caso. ”Os fatos estão ali. Não tem salvação para ele. Ele vai ser condenado’’, afirma.

Ronaldo afirmou que espera que Dondoni seja sentenciado com pena máxima. ‘’Prisão perpétua, se pudesse, mas infelizmente a Justiça ainda não tem isso’’, declara. 

Entenda o caso

No dia 20 de abril de 2008, uma caminhonete guiada por Wagner Dondoni colidiu com um carro dirigido por Ronaldo Andrade, por volta das 07 horas da manhã. O acidente aconteceu na altura do quilômetro 304, da BR 101, em Viana. Ronaldo e a família seguiam para Guaçuí, no sul do Estado.

O único sobrevivente do acidente foi o cabeleireiro Ronaldo Andrade, marido e pai das vítimas. Morreram no acidente: os filhos de Ronaldo, Rafael Scalfone Andrade, de 13 anos, e Ronald, filho caçula, 03 anos. Maria Sueli Costa Miranda, 29 anos, mulher de Ronaldo, ficou internada três dias mas não resistiu.

No dia do acidente, um exame de embriaguez feito no empresário por coleta de sangue dez horas após o crime comprovou que Wagner Dondoni dirigiu sob influência de álcool. Logo após o acidente, Dondoni foi detido e encaminhado ao DPJ de Cariacica, mas foi liberado após pagar fiança em pouco mais de R$ 2 mil.

No dia 24 de abril de 2008, Dondoni foi novamente preso ao depor, mas em setembro daquele ano, foi novamente posto em liberdade. Em 2009, Dondoni chegou a ser preso em Minas Gerais por usar documentos falsos, mas foi novamente liberado pela Justiça.