A Polícia Civil prendeu, na manhã desta sexta-feira (19), três suspeitos de integrar uma organização criminosa que aplicava golpes em clientes de bancos no Estado. Os suspeitos, que são do estado de São Paulo, furtavam cartões de crédito e realizavam compras pela internet.
As vítimas, geralmente pessoas idosas, eram ludibriadas pelos criminosos quando finalizavam transações bancárias em caixas eletrônicos. Os suspeitos diziam que a operação no caixa eletrônico tinha que ser feita novamente, pois a máquina estava com problema e o cartão seria bloqueado.
No momento em que as vítimas se distraíam, o cartão era trocado por um semelhante. Os cartões furtados eram utilizados para realizar compras pela internet. Os produtos comprados, geralmente eletrônicos, eram enviados pela quadrilha para o estado de São Paulo e vendidos em sites de anúncios.
Um dos golpes foi registrado na última quinta-feira (18), em uma agência bancária do Centro de Vitória. A vítima, após tentar utilizar o cartão falso, não conseguia realizar transações e procurou o gerente do banco, quando percebeu que havia caído em um golpe. Uma denúncia foi feita à Polícia Civil, que conseguiu identificar os suspeitos e o carro utilizado pelos mesmos para praticar os golpes.
No momento em que os golpistas foram identificados, a Polícia Civil fez um cerco e localizou o veículo. Dentro do carro estavam os três suspeitos, além de 50 cartões de crédito e algumas mercadorias que, segundo a polícia, eram produtos do golpe. Os suspeitos foram identificados como Carlos Eduardo Gomes da Silva, de 42 anos, Cléber Gomes Azevedo, de 32, e Thelma Romeiro Campião, de 36. Um outro suspeito de integrar a quadrilha, identificado apenas como Bruno, está foragido.
Outro golpe
De acordo com o Delegado Gabriel Monteiro, titular da Delegacia Especializada de Roubo a Banco, a quadrilha também aplicava golpes de outra forma. Eles ligavam para as vítimas, fingindo ser funcionário do banco, e diziam que o cartão da pessoa havia sido clonado. Em seguida, eles pediam que a vítima quebrasse o cartão ao meio, mas deixasse o chip intacto.
Um motoboy – que, de acordo com a Polícia Civil, não foi identificado – era enviado até a casa da vítima, recolhia o cartão e o levava para a quadrilha, que realizava as compras pela internet.