Após doze dias do assassinato da jovem Thielly Beneta Grechi, 26 anos, na região de Alto São José, zona rural de Atílio Vivácqua, a família continua em busca de respostas para o crime. Segundo a Polícia Civil o caso segue sob investigação da delegacia do município.
A jovem foi morta com três tiros durante a tarde do dia 23 de dezembro, em frente a suas três filhas, com idades de 3, 4 e 6 anos. O principal suspeito é o ex-companheiro, que continua foragido.
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Procurada pela equipe de reportagem, a Polícia Civil informou que detalhes não serão repassados para que a apuração seja preservada. Destacou ainda que informações sobre o crime podem ser compartilhadas de forma sigilosa por meio do Disque-denúncia (181).
Filhas da vítima informaram ao avô sobre o crime
O pai da vítima informou aos policiais que sua filha teria sido morta pelo ex-companheiro. O homem relatou que o crime teria sido presenciado por suas netas, filhas do casal, que o avisaram do ocorrido. Buscas foram realizadas, mas o suspeito não foi localizado.
Na época, a Polícia Civil informou que “a confirmação da presença de uma qualificadora, como o feminicídio, só poderá ser estabelecida após a autoridade policial responsável pela investigação formar sua convicção, alicerçada na análise minuciosa dos elementos coletados durante o inquérito policial.”
Na última semana, a reportagem do Folha Vitória entrou em contato com uma familiar de Thielly, que prefere não se identificar. Ela contou que a jovem era muito vaidosa, além de ser uma mãe exemplar, filha dedicada e irmã carinhosa.
“Thielly nunca estava triste; estava sempre arrumada e maquiada. Você podia chegar a qualquer hora na casa dela que estava tudo arrumado, limpo e as meninas arrumadinhas. Era uma filha que cuidava de tudo para o pai, fazia tudo por ele. Cuidava do irmão como se fosse filho dela e era uma mãe que nunca vi igual na minha vida. Ela era pronta para ajudar a todos da família, era uma menina amorosa com todos, inclusive com o ex-marido, enquanto eram casados”, disse.
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Ainda de acordo com o relato da familiar, a jovem e o ex-companheiro ficaram juntos por quase 8 anos, tiveram três filhas e o relacionamento foi marcado por ciúmes e muitas brigas. Neste período, segundo a família, o suspeito chegou a ser preso.
Diante de tantas brigas, Thielly decidiu que queria se separar, mas o suspeito não aceitou o término do relacionamento. A família diz que o homem fazia muitas ameaças, inclusive na frente das filhas.