Polícia

Quatro criminosos suspeitos de matar homem em lava a jato na Serra são presos

Adriano Pereira Lopes, de 28 anos, foi executado em um lava jato em junho de 2023, no bairro Jardim Limoeiro

Foto: Reprodução/PCES

Após quase um ano do assassinado de Adriano Pereira Lopes, de 28 anos, quatro criminosos apontados como responsáveis pelo crime foram presos. 

O rapaz foi morto em um lava a jato no bairro Jardim Limoeiro, na Serra. As prisões foram divulgadas na manhã desta terça-feira (12) pela Polícia Civil. Além dos autores do crime, foram apreendidas também diversas armas de fogo. 

Segundo o delegado titular da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa da Serra, Rodrigo Sandi Mori, o crime está relacionado com traficantes do bairro Central Carapina.

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Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

Vítima do crime

O delegado explicou que duas facções comandam o tráfico na região. Em 2017, Adriano, vítima do homicídio, atuou em um desses grupos. 

O rapaz teria brigado com o líder do outro grupo, e acabou expulso do bairro.

Em junho de 2023, ele levou o veículo para lavar em um estabelecimento na região do no bairro Jardim Limoeiro. 

Um adolescente de 17 anos que trabalhava no local fazia parte do tráfico de drogas de Central Carapina, e o reconheceu. 

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A vítima já era conhecida dele. Quando chegou no local para lavar o carro, ele rapidamente foi até o chefe e pediu para adiantar o horário de almoço. Na sequência, ele pegou a bicicleta e desceu até o bairro Central Carapina, avisou aos quatro indivíduos que participaram do crime sobre a presença dele no local e retornou. Logo depois, os indivíduos chegaram e executaram Adriano, que estava nos fundos do lava a jato“, explicou o delegado. 

O grupo teria chegado ao estabelecimento em duas motos. Dois deles permaneceram na frente do lava a jato, dando cobertura, enquanto a outra dupla entrou no local e efetuou os disparos.

Saiba quem são os suspeitos presos

Foto: Reprodução TV Vitória

Da esquerda para direita, Diego, Eduardo, Samuel e Hudson

Um dos presos é Hudson Tiago da Silva, conhecido como “Maestro”, de 31 anos. Ele atuava como chefe do tráfico de Central Carapina. 

O Hudson, na época do crime, era o chefe do tráfico de drogas da região da Vala, em Central Carapina. Ele é extremamente perigoso e articulado, residia em um apartamento no bairro Porto Canoa, local onde foi preso. Ele ia para Central Carapina somente quando seus olheiros o avisavam sobre a presença da polícia. Ele costumava ostentar as festas que realizava com o dinheiro do tráfico. Em um vídeo resgatado pelas investigações, verificamos que, um mês antes de ser preso, ele comemorou o aniversário em uma festa abordo de uma lancha na baia de Vitória, repleta de traficantes e bebidas“, destacou. 

A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa da Serra também prendeu Samuel Rangel Moreira, conhecido como “Zói”, de 21 anos, Eduardo Luís de Almeida, o “Nem Mizura”, de 28 anos, e Diego Manhães de Jesus, de 25 anos. 

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Todos os criminosos eram envolvidos com o tráfico e gostavam de ostentar as armas de fogo.

Quando eles chegaram na frente do estabelecimento, o Hudson, que estava vestindo um uniforme de empresa na cor azul, e o Diego, que estava com uma blusa camuflada do exército, desembarcaram das motocicletas e entraram no lava a jato armados. Enquanto Hudson rendia dois funcionários, o Diego se aproximou da vítima e efetuou os primeiros disparos. Logo depois, o Hudson também se aproximou e terminou de executá-la com 14 disparos“, contou o delegado. 

*Com informações da repórter da TV Vitória/ Record, Marla Bermudes.