Uma operação da Polícia Civil e Polícia Militar com apoio das Guardas Municipais e do Corpo de Bombeiros apreendeu cerca de 300 quilos de fios de cobre furtados em ferros-velhos da Região Metropolitana. Quatro pessoas foram presas.
A ação ocorreu em 21 estabelecimentos de Vitória, Vila Velha, Cariacica, Serra, Viana e Guarapari. Ao todo, oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos e quatro ferros-velhos interditados.
Os estabelecimentos foram alvo da operação por terem sido apontados como receptores dos materiais furtados, como informou o delegado Ícaro Ruginski.
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“A partir de então, com o trabalho de inteligência da Polícia Civil, das Guardas Municipais e da Secretaria de Segurança Pública foi possível selecionar os principais pontos que estariam receptando. Em alguns deles, nós tivemos a representação pela busca e apreensão, e hoje, além da fiscalização dos 21 pontos, também cumprimos oito mandados de busca e apreensão”, disse.
Segundo o secretário de Segurança Pública do Estado, Eugênio Ricas, as operações nestes estabelecimentos serão rotineiras e o combate à receptação de produtos furtados se tornou uma prioridade da Sesp.
“Nós conseguimos fechar hoje quatro estabelecimentos, prendemos seis pessoas. Mês que vem nós vamos fazer outra visita, no mês seguinte a mesma coisa, nós não vamos parar. O nosso conselho é que essas pessoas parem de alimentar esse tipo de crime, que afeta toda a sociedade de forma indistinta e que a Secretaria de Segurança Pública colocou como uma de suas prioridades de combate”, afirmou.
Além dos fios de cobre, também foram apreendidos R$ 1,6 mil em dinheiro e porções de maconha nos estabelecimentos. De acordo com Ricas, isso reforça uma hipótese já investigada pela Inteligência da Polícia Civil, de que usuários de drogas venderiam o material furtado para os donos dos ferros-velhos.
“A apreensão de R$ 1,6 mil em notas de pequeno valor indica uma suspeita que nós já temos, de que informações de inteligência já trazem para a gente. Muitos dependentes químicos vão aos ferros-velhos que praticam a receptação, entregam o fio de cobre furtado e recebem o dinheiro para em seguida comprar crack e satisfazer o vício”.
Segundo o secretário, este tipo de crime tem sido sentido em diversos grandes centros, além de Vitória. O furto de fios de cobre, de acordo com ele, afeta diretamente não apenas moradores que têm seu acesso de internet ou televisão prejudicado, mas o funcionamento de hospitais e semáforos.
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*Com informações do repórter Vitor Zucolotti, da TV Vitória/Record