15 dias após ser baleado durante uma tentativa de assalto, o sargento Schultz falou sobre todo o drama que viveu. Emocionado, ele relembrou o dia do crime, a luta pela vida no hospital, a morte de um companheiro de trabalho e o retorno para a casa e a família.
Memórias das angústias, do dia do crime e da nova chance de viver agora fazem parte da vida do sargento aposentado da Polícia Militar. Ele foi baleado no peito após reagir a uma tentativa de assalto, na porta de casa, no último dia 21 no bairro Soteco, em Vila Velha.
Em casa desde o início desta semana, o sargento retoma aos poucos à rotina. Ele já consegue andar, comer e realizar outras tarefas simples sozinho. Para ele, o pior já passou. “Eu não desejo isso para ninguém e espero que nunca mais isso aconteça com ninguém. Não é fácil ficar no hospital nessa situação”, disse.
A fé e o apoio da família têm sido a base do sargento desde que tudo aconteceu. Para o filho dele, o Guarda Municipal Felipe Schultz, assistir de perto a luta do pai pela vida é algo que ele não consegue mais esquecer. “Eu vi que meu pai ia morrer dentro do carro. Tenho essa sensação até hoje. Quando eu renovei minha fé em Deus, ele deu a segunda chance para o meu pai”, relata.
Um dos criminosos envolvidos na tentativa de assalto ao sargento foi baleado na ocasião e se encontra hospitalizado. A Polícia Civil continua investigando os outros. O que a família espera é que todos sejam identificados e punidos. “A gente quer justiça. Não pode ficar impune essa situação”, diz o filho do sargento.
Schultz foi vítima da violência um dia depois da notícia de que o Soldado da Policia Militar, Afonso Melo, foi baleado na Cabeça em São Torquato, também em Vila Velha. O Soldado morreu depois de alguns dias hospitalizado. Morte que também abalou o sargento. “Eu orava tanto para ele não morrer, mas não teve jeito”, diz o sargento.