Nesta semana, o Secretário de Segurança Pública do Espírito Santo, Roberto Sá, anunciou a criação de uma delegacia especializada na investigação e combate ao tráfico de armas. Imagens de criminosos fortemente armados e o poder de fogo nas ações das organizações criminosas chamaram atenção para o problema.
Segundo o delegado federal Lorenzo Esposito, da delegacia de Combate aos crimes contra o patrimônio e tráfico de armas, as armas chegam com facilidade pela região sul do Brasil. “A grande maioria entra pelas imensas fronteiras do nosso país, principalmente a rota do Paraguaia que entra no Paraná. Atualmente, investigamos também via aérea”, disse.
Lorenzo ainda falou sobre a criatividade dos criminosos para traficar as armas. “Muitas vezes declaram como objetos legais, como churrasqueiras, barracas de camping, peças de motos. Eles desmontavam a arma, amarram junto com os itens dessas peças e mandam para uma transportadora”, explicou.
O tenente Cel Geovanio, comandante do 1º batalhão da Polícia Militar, afirma que os criminosos capixabas estão com forte poder de fogo. “Nós estamos apreendendo não só fuzis, mas armas igualmente ou até mais poderosas, como calibre de 9mm, submetralhadora. Realmente tem esse tipo de armamento aqui”, afirmou.
O especialista em segurança pública, Raphael Pereira, chamou atenção para o fato de que há muito dinheiro sendo investido nesses materiais. “Certas armas de alta velocidade chegam a custar de R$ 70 mil à R$ 100 mil no mercado negro. É um custo muito elevado”. Para o especialista, o estado tem poder para combater esses crimes. “O brasil tem um poder de fogo bem maior, é forte. Essas organizações, na verdade são muito temerárias. Há uma guerra interna muito grande”.
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