Bares e restaurantes da Serra terão que fechar mais cedo se a proposta do novo secretário de Defesa Social do município, Coronel Nylton Rodrigues, for aprovada.
De acordo com o Coronel, o objeto dessa mudança é reduzir os índices de violência do município. Ele conta que a medida já foi adotada em outros países. “Isso não é nenhuma novidade, em qualquer país de primeiro mundo, bar tem horário para fechar, porque a comunidade local não pode ter sua ordem perturbada, as pessoas tem que dormir mais cedo para trabalhar, para ir a escola. Então, não se admite bar aberto ate as sete horas da manhã, com som alto”, disse.
A proposta de lei já tramita na Câmara de Vereadores. Se o texto for aprovado, o horário de funcionamento dos estabelecimentos passará a ser até as 00h, de domingo à quinta-feira. Nas sextas e sábados, os bares poderão funcionar até 1h.
Segundo o Coronel Nylton Rodrigues, para manterem suas portas abertas além do horário, os estabelecimentos terão que passar por adequações. “Quer ficar aberto até às sete horas da manhã? Pode, desde que seja um ambiente fechado, desde que tenha circuito de videomonitoramento interno e desde que tenha segurança. Dessa forma, o bar não incomodaria ninguém. Caso contrário, terá que fechar”, afirma.
Antes de assumir a pasta de Defesa Social da Serra, Coronel Nylton comandou o 6º Batalhão da Polícia Militar por dois anos.
Em nota oficial, o Sindibares lamentou que os estabelecimentos sejam responsabilizados pela violência na cidade e afirma que, na verdade, bares e restaurantes regularizados são vítimas da falta de segurança nas ruas. O sindicato defende que a solução seria a implementação da Lei 8365/2007, que coíbe o funcionamento de comércios irregulares.
Uma comerciante, que tem um bar na região de Carapina há sete anos, é a favor da medida. “É melhor a gente evitar do que acontecer o pior. Eu tenho medo da violência. Eu fico no bar só ate às nove horas da noite”, disse.
Para alguns frequentadores, a nova lei pode não ser tão boa. “Tem gente que trabalha até tarde, então se essa lei surgir, o pessoal não vai poder curtir nada. Não concordo”, afirma Alexandre Guimarães.