
Thiago dos Santos Malaquias, de 36 anos, suspeito de matar o padrasto, o caminhoneiro Cláudio Bernardo da Silva, de 58 anos, foi preso no sábado (12), em Vila Velha.
O irmão do suspeito, Pablo dos Santos Malaquias, 31 anos, também suspeito de participação no crime já estava preso.
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O caminhoneiro foi encontrado enterrado na Praia dos Recifes, em Vila Velha, em 19 de março.
O crime teria ocorrido na casa de praia da vítima e da esposa dele, mãe dos suspeitos, em Praia Grande, Fundão, após uma discussão.
Enteados tinham problemas com a vítima
A investigação apontou que os suspeitos e a vítima tinham problemas pessoais, uma vez que Thiago e Pablo costumavam agredir e extorquir a mãe e Cláudio intervinha nas brigas para defender a esposa.
Cláudio teria chegado à casa de praia na madrugada. Os suspeitos já estavam no local e cometeram o crime.
Segundo o delegado Leandro Sperandio, responsável pela investigação, os dois suspeitos contam com extensa ficha criminal.
“Dois indivíduos com diversas passagens criminais, por roubo, por homicídio, por porte de arma, violência contra a mulher. Dois homens que eram enteados da vítima”, relatou.
Corpo enterrado a 60km de distância do local do crime
De acordo com Sperandio, os suspeitos colocaram o corpo do padrasto no banco de trás do carro dele e partiram em direção a Guarapari para enterrá-lo.
Por não encontrarem um local escondido o suficiente para enterrar o corpo, seguiram até a Praia dos Recifes, onde o caminhoneiro foi enterrado.
Logo depois, voltaram para a casa de praia e relataram para a mãe não saberem onde estava o padrasto.
A mãe dos suspeitos entrou em contato com a polícia, horas depois do crime, que foi ao local e encontrou Pablo com o carro, o celular e outros pertences da vítima. O suspeito havia fugido da prisão há pouco tempo e foi preso em flagrante.
“Horas depois a polícia foi procurada pela viúva, e no mesmo dia encontrou o celular, o carro e pertences da vítima com o Pablo, que já é evadido do sistema prisional. Pela evasão, ele foi preso já naquele momento, dando início às investigações, até o desfecho de encontrar o corpo na praia”, relatou Sperandio.
Sangue da vítima no carro e em roupas
A perita criminal Bianca Merlo informou que a Polícia Científica foi demandada pelo delegado e esteve no local onde o carro foi encontrado. A perícia utilizou um reagente que identificou o sangue da vítima.
Fizemos um exame de sangue oculto, que é o sangue que não é visível a olho nu. Com o reagente, essas manchas se tornaram visíveis, foram coletadas e enviadas ao laboratório de DNA. Também foram realizadas em algumas vestes e foram coletadas, entre elas uma camiseta, que também apresentou manchas de sangue. Foi identificado material genético da vítima no veículo e em uma camiseta do suspeito.
Apesar das provas, ainda não é possível apontar como a vítima foi assassinada, devido ao estado avançado de decomposição do corpo quando foi encontrado. As investigações prosseguirão.
*Com informações do repórter Caio Dias, da TV Vitória/Record