Dois suspeitos de participarem do sequestro de um empresário de 33 anos, ocorrido na última terça-feira (18), na Praia do Canto, em Vitória, ainda estão foragidos. A informação foi confirmada pelo major Marcos Tadeu Pimentel, da Polícia Militar.
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A vítima, de 33 anos, que atua como executivo na diretoria do empreendimento da família, ficou 18 horas em poder dos criminosos e foi resgatada sem ferimentos por volta de 14h30 de quarta-feira (19), em uma área de matagal, de difícil acesso em Viana, usada como cativeiro.
O rapaz foi detido na noite desta quarta-feira (20) na BR 101, em Viana. De acordo com o major Marcos Tadeu Pimentel, comandante da 11ª Companhia Independente, ele confessou participação no crime.
“Tivemos informação, por meio de denúncia anônima, de que havia um veículo suspeito na zona rural de Viana, um Gol, e que estaria envolvido numa situação de sequestro em Vitória. A denúncia dizia ainda que havia três pessoas. Duas delas conseguiram fugir. Uma delas, que se revelou o motorista do carro, foi detida e encaminhada para a Delegacia Antissequestro (DAS). Continuamos com o policiamento na região em busca dos outros dois foragidos”, relatou.
Segundo detalhou a Polícia Militar, em coletiva de imprensa, na tarde desta quinta (21), o homem é natural da Bahia e tem 24 anos. A identidade não foi revelada.
O delegado titular da DAS, Maurício Gonçalves, informou que o suspeito estava morando no Espírito Santo há três meses e que conheceu os outros envolvidos no crime na Grande Vitória.
Ainda durante depoimento, o rapaz disse que, após o sequestro, foi ele quem conduziu o carro da vítima. Os outros comparsas seguiram no Gol. Ao chegar ao local de cativeiro, na zona rural de Viana, passaram a vítima para este carro.
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O veículo do empresário, um Volvo, foi abandonado próximo ao Shopping Moxuara, no bairro Santo André, em Cariacica. Após abandonar o veículo, ele se juntou aos demais suspeitos em Viana. O carro passa por perícia.
Delegado diz que sequestro não foi planejado
O delegado Gonçalves disse que, pelos detalhes do caso, não se trata de uma quadrilha especializada em sequestro e que o crime não foi planejado. “Foi um sequestro de oportunidade. Eles foram para cometer crime e migraram para uma outra modalidade”, reforça.
Segundo o que foi concluído a partir dos depoimentos da vítima e dos dois detidos, os suspeitos não conheciam nem o empresário e nem a sua família.
“Há uma semana, o segundo detido conheceu os outros envolvidos no sequestro. No dia do sequestro, resolveram cometer um crime que seria manter a vítima dentro de um veículo, fazendo ela transferir dinheiro de Pix para a conta que eles iriam indicar”, detalhou.
Foram, então, para a Praia do Canto e estacionaram ao lado de um carro considerado de luxo, cujo proprietário poderia ter alto poder aquisitivo. Eles renderam o empresário e amarraram suas mãos com fitas adesivas nos punhos.
O empresário foi levado em seu próprio carro que foi conduzido pelo segundo detido. O suspeito disse também que, ao notarem o saldo na conta da vítima, um dos integrantes do grupo passou a querer extorquir também a família do empresário.
Segundo o delegado, os familiares não chegaram a pagar resgate. Os valores retirados da conta do empresário não foram informados.
A polícia procura ainda por dois envolvidos, que fugiram se embrenhando nas matas da zona rural de Viana.