A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Crimes Cibernéticos receberá, na manhã desta terça-feira (21), uma das vítimas que afirma ter sofrido um golpe da blogueira Natasha Vilaschi Sarlo Wilken Matos, denunciada por estelionato e indiciada pela Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC).
Segundo a versão da aposentada, ela pagou e não recebeu os produtos que adquiriu por meio das redes sociais de Natasha, onde eram realizadas as vendas.
No último dia 7 de maio, a blogueira foi convocada pela CPI para prestar esclarecimentos, mas não compareceu alegando problemas de saúde. Uma nova convocação foi agendada para a próxima terça-feira (28) e caso não apareça novamente, a suspeita será conduzida coercitivamente para prestar esclarecimentos.
De acordo com a DRCC, a blogueira foi denunciada por vítimas em pelo menos quatro estados, todas seguindo a mesma linha de história, de que a capixaba vendia produtos pela internet e não entregava aos clientes.
Composição da CPI
O deputado Vandinho Leite (PSDB) é o presidente da CPI. Capitão Assumção (PSL) e Delegado Danilo Bahiense (PSL) ocupam, respectivamente, a vice-presidência e a relatoria.
São membros efetivos do colegiado o Delegado Lorenzo Pazolini (sem partido) e Coronel Alexandre Quintino (PSL). Dary Pagung (sem partido), Janete de Sá (PMN) e Carlos Von (Avante) são os suplentes.
Outro lado
Após a repercussão do caso, a blogueira veio a publico para explicar as irregularidades. Natasha reconheceu que deveria ter devolvido todo o dinheiro às pessoas que compraram os produtos com ela, mas alegou que não o fez porque queria receber mais. “Com os pagamentos que vinham, eu mandava tênis pendentes antigos e os recentes ficavam atrasados”, afirmou.
A blogueira conta que o caso ocorreu quando ela tinha 18 anos e que o dinheiro dessas vendas foi o primeiro que ela havia recebido na vida. “Não soube administrar, não soube ser responsável e arcar com o erro. E peço inúmeros perdões, mas que saibam que jamais cometeria algo assim. Errei, aprendi a lição e evoluí. Para jamais errar igualmente”, frisou.