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Após ser vítima de um suposto estelionatário, um empresário de Vila Velha ficou com um prejuízo de aproximadamente R$ 1 milhão. Ele alugou dois veículos para um homem que disse prestar serviços executivos para uma grande empresa. A confiança foi conquistada, e de maio a outubro do ano passado o suposto parceiro nos negócios já possuía outros 17 veículos alugados de amigos do empresário.
Os pagamentos começaram a não ser efetuados e eles perceberam que se tratava de um golpe. Um dos veículos foi encontrado atravessando a fronteira com o Paraguai. “Ao todo, foram 19 veículos nesse golpe que nós caímos. Em outubro ele começou a atrasar os pagamentos dos carros. Ele continuou pedindo mais veículos e nós vetamos. Foi nesse momento que nós descobrimos que ele revendia esses carros para terceiros. Alguns que tiram rastreador nós conseguimos recuperar, mas outros não”.
Segundo a vítima, o suspeito do crime é Adriano Bital Matos, de 43 anos. Em agosto de 2014 ele foi detido na saída de uma boate em Vila Velha. Ele estaria com um mandado de busca e apreensão em aberto desde 2012 pelo descumprimento de uma ordem judicial.
Golpes e crimes de estelionato não são os únicos processos que constam contra Adriano na Justiça capixaba. O suspeito responde a mais de 40 inquéritos em aberto, e quatro deles são de busca e apreensão. A quantidade de processos também surpreendeu a vítima. Agora ele espera que o suspeito seja localizado para recuperar ao menos parte do prejuízo.
“É uma grande surpresa, pois ele só falava no nome de Deus. É muito estranho uma pessoa assim ter 43 processos contra ela. Mas só fomos descobrir isso quando já era tarde”, disse a vítima.
A Delegacia de Defraudações de Vitoria investiga o caso e acredita que Adriano também possa estar envolvido em outros golpes. Segundo a delegada Rhaiana Brememkamp, a orientação é procurar saber quem é a pessoa com quem se está fechando um negócio e sempre suspeitar de um acordo com muitas vantagens.
“Todo negócio que envolve uma grande quantia em dinheiro ou bens de valores muito altos requer certa burocracia e ela não pode ser dispensada. Mesmo se você acredita que conhece essa pessoa é sempre bom buscar saber com quem você está lidando, saber se ela realmente tem os bens, se a empresa existe e se tem credibilidade”, explicou a delegada.