Uma mulher, de 39 anos, que era suspeita de ter matado o companheiro da enteada à facada, em Cariacica, teve o processo arquivado a pedido do Ministério Público do Espírito Santo (MPES). O crime aconteceu em fevereiro deste ano. O órgão entendeu que jovem agiu em legítima defesa.
Segundo a Justiça, conforme informações iniciais, Pedro Henrique Nascimento da Silva, de 20 anos, havia sido esfaqueado em um assalto, enquanto trabalhava. No entanto, a Polícia Militar relatou que a companheira da vítima relatou que, pouco antes do crime, o rapaz teria intervido em uma discussão entre o pai e madrasta dela.
>> Quer receber nossas notícias 100% gratuitas? Participe da nossa comunidade no WhatsApp ou entre no nosso canal do Telegram!
Em entrevista ao Balanço Geral, da TV Vitória, a mulher, que não será identificada, ressaltou que o primeiro contato que teve com o Pedro foi em uma casa de ração.
Segundo ela, ele a ameaçou de estar “comprando a briga” com a esposa, identificada como Stefani. A jovem também é uma ex-enteada da suspeita.
“A primeira vez que eu tive acesso ao Pedro foi em um comércio dentro de Campo Grande, estava comprando um produto e eu me deparei com uma pessoa me ameaçando, muito fora de controle. Eu não sabia quem era e só descobri quando ele falou que não era para mexer com a Stefani e que ele iria me matar”, disse a entrevistada.
Durante a época, a mulher narra que não aguentava mais ser ameaçada e agredida por Pedro. No dia da confusão, o filho da jovem viu que Pedro estava armado, com isso, pulou sobre o rapaz, que estava em uma moto. Para se defender da situação, ela acabou esfaqueando Pedro.
“Depois disso, sofri muitas represálias, muitas ameaças. Entraram na minha casa e acabaram levando tudo que estava no local, até uma caixa d’água levaram. Atacaram até mesmo os meus cachorros, agora só quero paz”, descreveu.
A advogada Michelle Rangel, que defendeu a mulher, que era suspeita desde os momentos iniciais, disse que ela nunca esteve sequer foragida da Justiça. “A fatalidade ocorreu no sábado, já na segunda-feira, no primeiro dia útil já fomos até a delegacia de polícia, contribuir com o inquérito policial”.
>> Dupla é presa ao furtar 40 quilos de trilhos de trem na Serra
A polícia concluiu que a mulher agiu em legítima defesa, com a ação, o Ministério Público do Espírito Santo (MPES), concordou e pediu o arquivamento do processo. “O delegado afirmou que diante das diligências realizadas, foi por legítima defesa. O MPES concordou. A nossa cliente não possui problemas com a justiça”, finalizou.
A equipe do Balanço Geral procurou a mãe de Pedro Henrique, que conversou com a reportagem na época do caso e disse que não iria se manifestar nesse momento.
Já a viúva de Pedro, Stefani Mascarenhas, em entrevista, afirmou que a justiça não foi feita.
“Isso deixou todos nós sofrendo, mais do que estávamos. A mãe dele está sem chão, voltou a trabalhar só agora, meus filhos continuam sem o pai. Corta o meu coração ver os meus filhos sem o pai, enquanto ela está solta”, disse.
LEIA TAMBÉM: Filho de sargento da PM é baleado ao sair da casa do pai em Vila Velha