Polícia

Suspeita de matar doméstica há dois anos é presa na Serra

Dois anos após assassinato brutal de empregada doméstica em Vila Velha, a vizinha da vítima foi presa suspeita do crime

Foto: Reprodução / TV Vitória

No cartaz, família de emprega doméstica assassinada pede por justiça

Uma mulher foi presa suspeita de ter matado a emprega doméstica Alexandra de Souza Pereira Lima, de 27 anos, em março de 2020, no bairro Normília, em Vila Velha. O corpo da vítima foi encontrado amarrado, enrolado em um lençol e com cortes na garganta.

A reportagem da TV Vitória/Record TV conversou com a mãe da vítima, que após dois anos, continua aguardando por justiça.

A Polícia Civil divulgou a prisão da suspeita de ser a mandante do crime contra a doméstica, que era vizinha dela. A mulher foi detida em uma operação policial em Nova Almeida, na Serra.

“A gente quer justiça. A gente quer que as coisas andem. Eu creio que esses dois anos foi um tempo de ser refletido muitas coisas. Eu creio que as pessoas que praticaram venham refletir, pensando no que fizeram, porque foi uma injustiça muito grande”, disse a mãe da vítima.

Alexandra e a suspeita cresceram juntas e já chegaram a dividir uma casa. Segundo familiares, cinco meses antes de morrer, a doméstica construiu a própria casa no quintal dessa vizinha, o que teria provocado muitas brigas.

A emprega doméstica foi brutalmente assassinada e deixou três crianças. De acordo com a mãe, ela foi amarrada, teve os cabelos cortados com uma faca e foi asfixiada com uma sacola. A mãe da vítima disse que não esperava que o sonho da filha, de ter a própria casa, viraria o pesadelo da família.

“Ela era uma menina muito dócil, sempre foi muito família, de ajudar todos. Eu não vejo motivo nenhum para ter causado uma situação dessa. Era uma família, poderia viver bem junto. Cada um com seu espaço, morava tudo dentro de um quintal só. Então, não vejo motivo nenhum pra ter feito o que foi feito, uma barbaridade dessa”, desabafou.

Os familiares veem a prisão da vizinha como uma ponta de esperança e aguarda que os outros envolvidos também sejam pegos.

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“Uma satisfação que a lei está sendo feita, mas eu ainda espero mais”, disse. “A minha menina tinha um tamanho, uma altura e tinha força. Não seria capaz de uma pessoa só fazer”, complementou.

De acordo com a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), a detida está no Centro Prisional Feminino de Cariacica e não há registros anteriores.

*Com informações da repórter Nathália Munhão, da TV Vitória/Record TV