A mulher de 24 anos que está internada desde sexta-feira (3) em um hospital de Vitória após ter tido partes de suas orelhas arracadas pelo ex-marido, em Viana, revelou nesta quinta-feira (9) detalhes de sua relação com o agressor, que a teria ferido após ter sido cobrado por não pagar a pensão da filha.
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Pelo fato de ainda estar hospitalizada, a vítima mandou áudios para a equipe de reportagem da TV Vitória contando alguns detalhes da relação com o ex companheiro.
“Ele nunca pagou a pensão por vontade própria, eu que tinha que ficar cobrando ele pra ele poder dar as coisas para minha filha, porque se eu não pedisse, ele não dava. Ele se aproveitava disso e todo final de semana me mandava mensagem para eu ir lá ficar com ele. Eu acabava indo atrás e ele só dava as coisas da minha filha quando eu ia, quando eu não ia ele não dava e ficava insinuando que eu estava com outro homem e ficava cheio de raiva”, revelou.
A vítima também contou que já foi agredida pelo homem outras vezes e que por conta disso pediu uma medida protetiva na Justiça, mas, segundo ela, o ex-companheiro a manipulava em busca de uma reaproximação.
No dia que em ela teve as orelhas arrancadas, a filha do casal, de 2 anos, estava no local e presenciou a situação.
A criança não vê a mãe há quase uma semana. Ela está sob os cuidados da avó materna, que espera alta médica da filha.
Em mensagens enviadas para a vítima, o suspeito disse ter contratado um advogado para cuidar do caso e que vai responder pelo crime em liberdade. Ele ainda chama a ex-companheira de “lixo”.
Por nota, o advogado do suspeito esclareceu alguns pontos: ele disse que o homem não é considerado foragido da justiça, já que não foi expedido nenhum mandado de prisão contra ele. Ele também disse que o agressor já se apresentou às autoridades e se colocou à disposição.
Sobre a medida protetiva, o advogado disse que vai comprovar que a vítima e o suspeito já haviam retomado a relação.
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A Polícia Civil também se manifestou e disse que as investigações estão em andamento. Sobre o suspeito permanecer em liberdade, a polícia esclareceu que a legislação brasileira diz que a prisão de suspeitos deve ocorrer em situações de flagrante do delito e também em casos de mandado de prisão.
*Com informações da repórter Suellen Araújo, da TV Vitória/Record