O suspeito de assassinar a tiros o frentista José Rubens Dutra, de 52 anos, na noite do último sábado (30), em Cariacica, já responde a alguns processos na Justiça. Um deles, segundo o site do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), é por porte ilegal de arma e disparos em via pública.
O processo foi aberto em 2010 e atualmente está suspenso. Ao todo, há três processos, na página do TJES, envolvendo o nome de Alex Delfim de Paula.
Alex foi preso em casa, no bairro Mucuri, em Cariacica, enquanto bebia com amigos, comemorando seu aniversário de 39 anos. A prisão aconteceu horas depois do assassinato do frentista.
Nesta segunda-feira (02), a equipe da TV Vitória/Record TV esteve no endereço do suspeito de matar o frentista, mas não havia ninguém em casa. Alguns vizinhos descreveram Alex como um homem fechado e de poucos amigos. Segundo eles, o suspeito está em processo de separação e tem uma filha.
Os vizinhos disseram ainda que Alex mora no local há mais de 15 anos, mas não souberam informar a profissão dele. Nenhum familiar de Alex foi localizado pela reportagem.
O crime
José Rubens foi morto a tiros no posto onde trabalhava, em Vila Capixaba, Cariacica, no último sábado. Testemunhas disseram à polícia que o frentista foi assassinado após uma discussão com Alex. A ação foi registrada por câmeras de segurança.
Ainda de acordo com testemunhas, a discussão teve início porque Alex foi ao estabelecimento comprar um galão de gasolina e, na hora de pagar pelo produto, o cartão de crédito dele não passou. O cliente teria se exaltado e discutido com o frentista, que decidiu chamar a Polícia Militar.
Mesmo na presença dos policiais, Alex continuou discutindo com José Rubens. O suspeito estava acompanhado de uma criança que, segundo funcionários do posto, é filha dele.
Pouco depois, Alex voltou sozinho ao estabelecimento e com outra roupa. Ele estacionou o carro numa rua lateral, foi andando até o posto, se aproximou de José Rubens, que se preparava para atender outro cliente, e atirou seis vezes. Em seguida, o suspeito saiu correndo.
Os funcionários que trabalham no posto chegaram a ligar para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas o frentista não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
José Rubens trabalhava no local há cerca de 8 anos e era conhecido por todos pelo fato de ser um profissional dedicado ao trabalho. Ele era casado, tinha três filhos e duas netas.
O enterro do frentista aconteceu na manhã desta segunda-feira, por volta das 10h30, em um cemitério no bairro Civit II, na Serra.