Polícia

Suspeito de assassinar jovem em porta de boate em Cariacica diz que tiro foi acidental

Diante do júri, Cleiton Lima Vieira admitiu ter atirado em Felipe de Oliveira de Miranda. O motivo da briga teria sido uma festa que a vítima promoveu

Suspeito de assassinar jovem em porta de boate em Cariacica diz que tiro foi acidental
Felipe foi morto com um tiro na saída de uma boate em Cariacica | Foto: Reprodução

Dois acusados de participação no assassinato do jovem Felipe de Oliveira de Miranda, assassinado em 2014, aos 18 anos, na porta de uma boate em Cariacica, começaram a ser julgados nesta quarta-feira (04). O júri popular acontece no Fórum de Cariacica. O primeiro a ser ouvido foi Cleiton Lima Vieira, que confessou ter atirado contra Felipe, mas alegou que o disparo foi acidental. 

“O Cleiton relata que não teve a intenção de ceifar a vida do Felipe. Apenas foi conversar com ele para que cessassem as ameaças que a vítima estava proferindo contra ele. E nesse momento, na briga diante da luta corporal, houve o disparo de forma acidental”, afirmou a advogada de Cleiton, Débora Caetano Braga.

O acusado também confirmou que o motivo do crime foi uma festa que Felipe havia promovido para comemorar seus 18 anos. Cleiton também tinha um evento marcado para o mesmo dia, que não fez tanto sucesso quanto o de Felipe.

“A festa do meu filho deu muita gente e a festa do acusado não deu ninguém. Depois disso o acusado saiu a procura do meu filho para matar ele e, sem misericórdia, com um tiro à queima roupa, tirou a vida do meu filho”, afirmou o pai de Felipe, o funcionário público Claudionor Miranda dos Santos.

A vítima foi morta com um tiro, na noite do dia 19 de abril de 2014, quando saía de uma boate em Jardim América, Cariacica. De acordo com o inquérito da Polícia Civil, depois de atirar em Felipe, Cleiton fugiu do local de carona em uma moto, pilotada por Tarssio Boneli Mathias, que também passou a responder pelo crime. Os dois acusados foram presos cerca de dois meses depois do crime.

Outro suspeito

Júri Popular dos dois réus é realizado no Fórum de Cariacica | Foto: TV Vitória

Tarssio foi o segundo a prestar depoimento nesta quarta-feira. Diante do júri, ele afirmou que não conhecia a vítima e que não presenciou o assassinato, mas que foi abordado por Cleiton em frente à boate e deu uma carona para ele até em casa. Tarssio afirmou que só soube do crime no dia seguinte.

“Desde o início ele nega que tenha participado de qualquer forma, seja instigando, seja dando cobertura. De onde ele se encontrava na boate, ele não tinha visibilidade da BR, que foi exatamente onde ocorreu o fato”, alegou a advogada de Tarssio, Terezinha Santana de Castro.

O Tribunal do Júri é composto por sete pessoas comuns, que decidem se os réus são culpados e qual será a pena aplicada. Até o início da noite desta quarta-feira o julgamento ainda não havia terminado. Claudionor afirma estar confiante na condenação dos réus.

“Para nós já é uma grande vitória, saber que hoje os acusados estão aqui diante do júri, e temos a certeza que Deus fará o melhor por nós. Tenho certeza que quando acabar esse julgamento, pelo menos algo eu vou ter que me conforte. As pessoas que fazem o mal e tiram a vida do outro vão pagar por isso”, afirmou.