O suspeito de ter ateado fogo na residência da ex-mulher em março deste ano, foi preso na última quinta-feira (5), no bairro Serra Dourada II. A equipe da Delegacia de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM) cumpriu o mandado de prisão de Jailson Vicente de Oliveira, de 50 anos.
O crime ocorreu no bairro Novo Horizonte, na Serra. Quatro pessoas estavam na residência: a ex-mulher do suspeito, o filho dela, a nora, que estava grávida, e uma adolescente de 14 anos. Todos tiveram que pular do segundo andar do imóvel para fugir das chamas.
A titular da DHPM, delegada Raffaella Almeida, contou a dinâmica da operação que prendeu Jailson: “Nossa equipe tentou prender o suspeito duas vezes, mas ele conseguiu se evadir do local. Desde então, seguimos com o trabalho de monitoramento e tivemos a informação de que ele teria ido para o Rio de Janeiro. Com base no serviço de inteligência, fomos até a casa dos pais do suspeito, onde ele se escondia, e conseguimos efetuar a prisão”, disse.
A delegada ainda deu detalhes do momento em que o suspeito foi capturado. “No momento da prisão o suspeito tinha saído. Eu permaneci com uma equipe na residência com a família e outros policiais foram em busca do investigado na rua, onde ele foi pego”, explicou.
A delegada contou que Jailson teria ido à casa da vítima para tentar reatar o relacionamento, mas ela não quis. “No dia do crime, o detido e a ex-companheira iniciaram uma discussão, ela entrou para o quarto, trancou a porta e ele permaneceu em outro pavimento. Nesse instante, ele decidiu iniciar o incêndio. Uma testemunha ocular dos fatos viu ele trancando a residência e saindo tranquilamente. Em depoimento, ele negou ter tentado matar os familiares, ele alega que colocou um feijão no fogo, esqueceu de tirá-lo, saiu para trabalhar e acabou incendiando a casa. Além disso, não demonstrou arrependimento”, relatou a delegada.
Jailson foi indiciado três vezes pelo crime de tentativa de feminicídio qualificado, uma vez por homicídio duplamente qualificado, e uma tentativa de aborto, pelo fato de uma das vítimas estar grávida. Somando as penas, o detido poderá ser condenado a mais de 60 anos de prisão. Ele foi encaminhado para o Centro de Triagem de Viana (CTV).