Polícia

Suspeito de homicídio em SP é preso trabalhando em plantação de café no interior do ES

Homem, que não teve a identidade revelada, foi detido no distrito de Patrimônio da Penha, em Divino de São Lourenço, região do Caparaó

Foto: Divulgação/Sesp

Um homem procurado pela Justiça, suspeito de cometer um homicídio em São Paulo, foi preso trabalhando em uma plantação de café no distrito de Patrimônio da Penha, em Divino de São Lourenço, região do Caparaó do Espírito Santo.

O homem, que não teve a identidade revelada, foi detido durante a Operação Colheita, deflagrada pela Polícia Militar. O balanço dos 50 dias de operação foi divulgado nesta quinta-feira (22).

Ao todo, 25 pessoas foram presas desde maio, quando teve início da operação. Desse total, três foram recapturados, por serem fugitivos do sistema prisional, e 22 tinham mandados de prisão em aberto — entre eles, o suspeito de homicídio em São Paulo.

Além disso, foram apreendidas 849 unidades de drogas, como buchas de maconha e papelotes de cocaína, e 15 armas de fogo. Além disso, 95 pessoas foram conduzidas para delegacias.

“Nós fizemos 2.081 visitas tranquilizadores, que são aquelas visitas em que o policial vai até o proprietário, preenche um relatório, pergunta se ele viu alguma coisa estranha, algum movimento de pessoas e veículos perto da propriedade deles. Nós fizemos também 15.757 abordagens a pessoas”, destacou o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Douglas Caus.

O objetivo da operação foi aumentar a segurança no interior do estado, reclamação antiga dos produtores rurais. Até novembro, a Polícia Militar continuará fazendo visitas às propriedades e coletando informações sobre a mão de obra que vem de fora para as colheitas do café, pimenta e outras culturas.

“Nós estamos aportando efetivo policial em localidades que possuem propriedades rurais, para onde vai muita mão de obra de fora do estado do Espírito Santo. Nesse momento, nós precisamos filtrar quem exatamente vem fazer o trabalho braçal e quem vem com o intuito de cometer crimes”, ressaltou o secretário estadual de Segurança Pública, coronel Alexandre Ramalho.

Para realizar a operação, o governo do Estado investiu R$ 1,5 milhão. Segundo o secretário, ainda não é possível afirmar se houve redução na criminalidade, comparado ao mesmo período dos anos anteriores. No entanto, ele garante que os donos das propriedades rurais têm sentindo a diferença no dia a dia.

“Não podemos afirmar isso com estatísticas, mas nós podemos afirmar isso com a sensação de segurança do homem do campo, pelos elogios que nós recebemos aqui na Secretaria de Segurança Pública, no Comando-Geral da Polícia Militar e por intermédio de todos os nossos policiais militares, que realizam essas visitas”, frisou Ramalho.

“É grande a satisfação desses proprietários rurais, no sentido em que a viatura chega, que o giroflex é ligado, que existe o cumprimento do nosso policial militar nessa missão”, completou.

Já o secretário de Estado da Agricultura, Paulo Foleto, reforçou que o período de colheita promove não só uma migração entre os municípios, mas também a chegada de pessoas de outros estados. Por isso, segundo ele, o reforço do policiamento se faz necessário para diminuir os crimes contra o patrimônio. 

“Esse reforço da Polícia Militar com a escala especial é fundamental. Somos gratos ao secretário, coronel Ramalho, e ao governador Casagrande, que liberou o orçamento. A cafeicultura é especial para o Espírito Santo”, disse Foleto.

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