
O namorado de Maria Francisca de Souza, de 38 anos, alegou para a Polícia Civil que a vítima caiu “acidentalmente” em um valão no bairro Boa Sorte, em Cariacica, onde foi encontrada morta. Maxsuel Gonçalves Pereira foi preso no final da tarde de quarta-feira (09), em Itacibá, após a Justiça expedir um mandado de prisão preventiva contra ele.
Mesmo com a alegação do suspeito, a Polícia Civil diz que não acredita nessa versão e espera a conclusão do laudo para determinar a causa da morte de Maria Francisca, que foi registrada entre sexta para o sábado (5).
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Durante entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (10), a chefe da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM), delegada Raffaella Aguiar, disse que o suspeito compareceu à delegacia e argumentou que a namorada caiu no valão após usar drogas com ele.
Ele argumentou que os dois haviam saído, estavam fazendo o uso de droga e em determinado momento a vítima ficou mais agressiva. O suspeito alega que abraçou a namorada por trás, e ela caiu de frente no valão, ficando com o corpo submerso, descreveu a delegada.
Diante da versão, Raffaella Aguiar perguntou se o suspeito chegou a ajudar a vítima, mas ele declarou que não prestou socorro porque não quis “colocar a mão em Maria Francisca”.
“Eu perguntei o porquê de não ter ajudado, e ele falou que achou que a vítima estivesse morta. Qualquer indivíduo tenta salvar o outro”, disse.
Mesmo se apresentando à polícia, Maxuel não ficou preso. A polícia explicou que na terça-feira já havia pedido a prisão dele, mas o mandado ainda não havia sido expedido.
Câmera registrou briga do casal
Uma câmera de videomonitoramento registrou o momento em que a vítima e o namorado discutiram na rua, na noite de sexta-feira.
As imagens mostram que a mulher é arrastada pelo suspeito para uma área de vegetação. Seis minutos depois, o homem sai do local sozinho. O corpo dela foi encontrado dentro de um valão. Maria Francisca era mãe de três filhos.
Veja vídeo:
Suspeito voltou ao local do crime
As investigações apontaram que, após sair do matagal e do local do crime, Maxuel tomou banho, trocou de roupa e voltou para a região. Na segunda-feira, o suspeito levou o filho da vítima até o trabalho e afirmou que a namorada estava desaparecida.
Ele foi para casa, trocou de roupa e verificou se ela estava lá sem a criança. Depois, pegou a criança e foi para um centro comercial onde a família da vítima trabalhava e falou do desaparecimento da Maria Francisca.
As investigações do caso continuam. A delegada afirmou que vai ouvir novas testemunhas e aguarda o laudo da perícia que vai apontar a causa da morte de Maria Francisca.